Seguidores

domingo, 13 de fevereiro de 2022

*O CANGACEIRO FEITICEIRO*

 Por Edna Santos Araújo - #Cangaçoéhistória #cangaçoéliteratura

Nas cercanias nordestinas das veredas tropicais existiu um cangaceiro de nome Calais. Dos homens valentes do solo do sertão esse foi mais um cangaceiro do bando de Lampião.

Conta a história que esse era feiticeiro, conhecedor de orações era um exímio mandingueiro. Essa era a notícia que pelas caatingas se espalhava. Se era verdade ninguém sabia.

O rapaz era dotado de forças místicas era o que todos ali diziam. Sabia como ninguém aparecer desaparecer sem ao menos deixar pistas... Deixando atordoado as volantes que em seu encalço andava.

Seu esconderijo era o Raso da Catarina, entrava... saía e na poeira desaparecia. Como tudo nessa vida um dia há de se findar.

Certo dia ele fora abandonado pela magia de se envultar. Como se no seu punhal lhe falhasse o brilho pelo Volante Teófilo Pires do Nascimento Calais fora surpreendido.

Bem ali na sua frente, escavando um pé de umbuzeiro, Teófilo surpreendeu o tal do cangaceiro.

E nessa emboscada o seu fim assim foi posto, Calais levara um tiro certeiro no rosto... Alvejado à queima roupa quase desfalecido.

E como por encanto difícil de acreditar parece que sua a sua alma no patuá foi se agarrar. Conta os relatos dos que o viram morrer.... mesmo com rosto desfigurado todo de sangue banhado, parecia que o espírito teimava o corpo não deixar... era como se estivesse agarrado ao místico patuá.

A alma só separou do corpo quando o amuleto encantado longe fora arremessado. Olhando aquele corpo inerte sem vida era como se o espírito já estivesse aquele cadáver há muito tempo deixado.

E assim chegou ao fim saga do cangaceiro feiticeiro que pelo sertão andava. Há quem diga que ele era protegido pelas orações e mandingas, ou talvez tudo não passasse das táticas de guerrilhas. A história do cangaço de tudo o pouco tem, até ligações diretas com o mundo do além.

Adendo: José Mendes Pereira

O pesquisador do cangaço Adelsomota Mota disse o seguinte: 

João Barbosa, filho de Calais e Delmira de Santa Rosa de Lima, Jaguarari BA , foi na entrega de João, que Calais e Delmira, foram feridos, ela pelo, mestre Belo Cardoso, seu primo, o tiro entrou no umbigo, e Delmira foi socorrida a Santa Rosa, e faleceu. Já Calais levou um tiro na mão, mas sobreviveu.

 

https://www.facebook.com/groups/471177556686759/?multi_permalinks=1368383240299515&notif_id=1644492814281296&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário