Por Volta Seca
Nasceu no
município de Exu, Pernambuco, em 16 de julho de 1912, primo legítimo de Luiz
Gonzaga. Sua maestria e coragem no trato com o gado lhe valeram a fama de maior
vaqueiro da história, sendo respeitado e constantemente requisitado pelos
fazendeiros para recolher reses perdidas.
Raimundo Jacó
trabalhava como vaqueiro para o fazendeiro José de Sá Barreto, conhecido como
Seu “São” e Dona Tereza Teles, a Dona “Tetê”. Consta que ele cuidava do gado do
patrão e José Miguel Lopes, seu colega de profissão, era o responsável pelo
plantel da patroa.
No dia 8 de
julho de 1954, ano seco, os dois vaqueiros saíram pelo sertão em busca de uma
rês arisca que havia fugido e era famosa pelas suas astúcias. Mas no fim do dia
apenas Miguel retornou a sede da fazenda. Contou que não havia encontrado
Raimundo Jacó e logo a notícia se espalhou. Em pouco tempo várias pessoas
rasgavam a caatinga na busca pelo afamado vaqueiro. Dois dias após seu
desaparecimento, o cadáver de Jacó foi encontrado junto a um pé de imbaúba, em
um lugar conhecido como sítio Lajes. A pouca distância do corpo estava amarrado
o garrote fugitivo, o seu cavalo e, guardando o cadáver dos urubus, estava o
seu fiel cachorro.
No crânio do
vaqueiro havia duas marcas de ferimentos e não muito distante do seu corpo, uma
pedra com sangue. Todo o cenário apontava para um possível assassinato. Consta
que Raimundo Jacó foi sepultado no local onde fora morto. Afirma-se que o seu
fiel cachorro acompanhou todo o enterro e que depois ficou no local, até morrer
de sede e de fome, guardando o túmulo do seu amo.
Logo, para a
opinião pública e para a justiça local, Miguel Lopes surgiu como o mais
provável suspeito da morte de Raimundo Jacó. Afirmavam que Miguel invejava o
colega de profissão por suas habilidades como vaqueiro e que entre ambos havia
uma rixa muito forte. Para muitos o assassinato teria acontecido quando Miguel
chegou às margens do açude do sítio Lajes e se deparou com Raimundo Jacó
fumando tranquilamente um cigarrinho.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário