Por: Kiko Monteiro
Este Moita
Brava vem a ser o terceiro cabra a adotar o vulgo. O primeiro pertenceu ao
grupo de Antonio Silvino e o segundo, Deolindo da Silva compunha as hostes de
Lampião nos anos 20.
Antonio da
Silva ou se preferir Antonio Alves dos Santos era baiano da
Várzea da Ema (conterrâneo do Azulão II). Entrou para o cangaço sob as ordens
de Corisco que o batizou com esse apelido. Destacou-se entre seus pares como um
cabra de coragem e frieza. Além do subgrupo do "diabo Loiro"
transitou entre os bandos de Ângelo Roque e o do próprio Lampião. Era irmão do
também cangaceiro José Alves dos Santos, vulgo “Carrasco”.
Moita Brava participou do combate na Serra do Catimbau atual Paranatama, PE em 20 de Julho de 1935. (Não 1932 nem 1935 como mencionado em alguns livros). A Batalha da Serra do Catimbau foi em que Maria Bonita saiu baleada nas nádegas.
Teve como primeira companheira a Cangaceira Lili (Maria Xavier) cabocla do Juá, Raso da Catarina. Lili que já havia sido companheira do cabra Lavandeira, após a morte deste, na Serra da Canabrava, passou a andar com Manoel Moreno (o baiano e não o paraibano). Tempos depois ela conheceu Moita Brava e o acompanhou.
Foram para o grupo de Ângelo Roque, com quem ficaram quase dois anos. Moita Brava foi protagonista de um crime semelhante ao cometido por Zé Baiano. Certo dia encontrou Lili nos braços do cabra "Pó Corante", resultado, matou-a com seis tiros. Pó corante, mesmo debaixo de bala conseguiu fugir e foi aceito no grupo de Corisco.
Como não foi identificado outro cangaceiro como este mesmo vulgo, acreditamos que este "Pó Corante" foi um dos cabras que emboscou o volante Neco de Pautilia, mas levou a pior, sendo abatido por este bravo Nazareno, que ainda está vivo aos cem anos de idade. Leia a matéria
Algum tempo depois juntou-se com a Cangaceira Sebastiana Rodrigues Lima ou simplesmente Sebastiana que era prima de outras duas cangaceiras: Aristeia e Quitéria.
Moita Brava participou do combate na Serra do Catimbau atual Paranatama, PE em 20 de Julho de 1935. (Não 1932 nem 1935 como mencionado em alguns livros). A Batalha da Serra do Catimbau foi em que Maria Bonita saiu baleada nas nádegas.
Teve como primeira companheira a Cangaceira Lili (Maria Xavier) cabocla do Juá, Raso da Catarina. Lili que já havia sido companheira do cabra Lavandeira, após a morte deste, na Serra da Canabrava, passou a andar com Manoel Moreno (o baiano e não o paraibano). Tempos depois ela conheceu Moita Brava e o acompanhou.
Foram para o grupo de Ângelo Roque, com quem ficaram quase dois anos. Moita Brava foi protagonista de um crime semelhante ao cometido por Zé Baiano. Certo dia encontrou Lili nos braços do cabra "Pó Corante", resultado, matou-a com seis tiros. Pó corante, mesmo debaixo de bala conseguiu fugir e foi aceito no grupo de Corisco.
Como não foi identificado outro cangaceiro como este mesmo vulgo, acreditamos que este "Pó Corante" foi um dos cabras que emboscou o volante Neco de Pautilia, mas levou a pior, sendo abatido por este bravo Nazareno, que ainda está vivo aos cem anos de idade. Leia a matéria
Algum tempo depois juntou-se com a Cangaceira Sebastiana Rodrigues Lima ou simplesmente Sebastiana que era prima de outras duas cangaceiras: Aristeia e Quitéria.
Sebastiana e
seus lindos olhos - Jornal "A
Tarde" de 7 de dezembro de 1938.
Menos de um ano antes da tragédia em Angico, precisamente em 10 de Outubro de 1937 Sebastiana deu a luz a um filho de Moita Brava. A criança fora entregue ao promotor Manoel Cândido de Água Branca, AL, junto com um carta de recomendação. O menino que nasceu em Águas Belas, Pernambuco foi batizado na matriz de Mata Grande, AL com o nome de Joaquim Manoel Calumbi.
Quando das entregas, que decorreram da anistia prometida aos cangaceiros, recusou-se a acompanhar as volantes que saíram à caça de cangaceiros resistentes.
Boa Vista,
Sebastiana, Moita Brava e Laura - entregues aos
"homens".
Moita Brava - Publicada no
Jornal O Estado de São Paulo em 22 de abril de 1997.
Em cinco de Agosto de 2012 José Robério Silva Cruz, informou ao jornal Folha Sertaneja que é neto de Marcos Batista dos Santos único irmão vivo de Moita Brava que aos noventa anos ainda vive em Várzea da Ema, BA.
Fontes:
- OLIVEIRA, Bismarck Martins de - Cangaceiros de Lampião "de A a Z", 1ª edição do autor pág 199/200.
- COSTA, Alcino Alves. Existia amor no Cangaço? Artigo disponível In www.cariricangaco.blogspot.com.br
- ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Lampião: as Mulheres e o Cangaço, Editora Traço 2ª Edição, 2012. Pág. 101/102.
- Jornal O Estado de São Paulo, edição de 22 de abril de 1997. Cópia gentilmente enviada pelo rastejador Francisco de Assis Barros.
- OLIVEIRA, Bismarck Martins de - Cangaceiros de Lampião "de A a Z", 1ª edição do autor pág 199/200.
- COSTA, Alcino Alves. Existia amor no Cangaço? Artigo disponível In www.cariricangaco.blogspot.com.br
- ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa de. Lampião: as Mulheres e o Cangaço, Editora Traço 2ª Edição, 2012. Pág. 101/102.
- Jornal O Estado de São Paulo, edição de 22 de abril de 1997. Cópia gentilmente enviada pelo rastejador Francisco de Assis Barros.
- Comentário
em http://www.folhasertaneja.com.br/especiais.kmf?cod=13382144&indice=10
Kiko Monteiro
http://lampiaoaceso.blogspot.com
José Mendes, tive a oportunidade de conhecer na Várzea da Ema o Sr. Marcos Batista - irmão dos cangaceiros Moita Brava e Carrasco - e a Sra. Dona Eva, esposa de Seu Marcos, falecido no dia 19/06/2013. Ambos figuram como pessoas da minha mais elevada estima.
ResponderExcluirJosé Mendes, a saga do cangaço na Várzea da Ema atormentou a muitas famílias, inclusive a do Sr. Marcos Batista. É uma longa história. Carrasco morreu logo no início da lida cangaceira, Moita Brava lutou e sobreviveu.
A informação que eu tinha era de que depois das "entregas" Moita Brava sumiu no mundo e a família na Várzea da Ema nunca mais teve notícias.
Se tens alguma informação sobre a história dele em São Paulo, gostaria de estudá-la.
JOSÉ PLÍNIO DE OLIVEIRA - pdw28@hotmail.com
(Serrinha - Bahia)