Por Antonio Correia Sobrinho*
Trago
aos amigos, das páginas do Jornal Sergipano, “Gazeta do Povo”, de 04/11/1925,
sob o título: “Lampião que se Apaga”, uma das primeiras notícias chegadas aos
sergipanos a respeito de “Lampião”.
“Lampião”,
poucos os sabem, é o nome de um terrível bandoleiro do Nordeste. Nos sertões da
Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, “Lampião” é um símbolo de
maldade e um rebate de terror.
Longe, porém, de corresponder à função que o nome lhe assiná-la, “Lampião”, ao invés de iluminar, adensa as trevas do cangaceirismo, imerge grande zona do Nordeste na noite da barbaria e de incultura.
Ainda há poucos meses, à frente de seu grupo de facínoras, “Lampião” enfrentou uma força policial da Paraíba e, por artes do demônio conseguiu fugir incólume depois de ter ferido mortalmente o bravo comandante da força.
Longe, porém, de corresponder à função que o nome lhe assiná-la, “Lampião”, ao invés de iluminar, adensa as trevas do cangaceirismo, imerge grande zona do Nordeste na noite da barbaria e de incultura.
Ainda há poucos meses, à frente de seu grupo de facínoras, “Lampião” enfrentou uma força policial da Paraíba e, por artes do demônio conseguiu fugir incólume depois de ter ferido mortalmente o bravo comandante da força.
Os governos daqueles Estados, alarmados com as proezas de “Lampião”, resolveram
conjugar os seus esforços no sentido de prender, de vez, nas malhas da justiça,
o famigerado bandoleiro.
Expedições foram enviadas em todos os sentidos no intuito de pôr termo às
aventuras do sucessor de Antonio Silvino. Como se sabe, uma das maiores
dificuldades da caça aos cangaceiros é o conhecimento que estes possuem de todos
os caminhos e atalhos por onde manobram com incrível rapidez, fugindo ao
contato das forças policiais.
Somente policiais afeitos, também, ao palmilhar dos sertões podem lutar em
condições de igualdade, com os terríveis bandidos volantes. Daí o critério
especial adotado pelos governos nordestinos na escolha de forças destinadas ao
combate com os bandoleiros.
Chega, um dia, enfim, em que o grupo facinoroso, pilhado a jeito, tem que
morrer ou entregar-se.
O dia fatal de “Lampião” parece não vir muito distante. As últimas notícias
afirmam ter havido um encontro entre o terrível bandoleiro e a polícia cearense
resultando daí ter “Lampião” um olho vazado.
É sem dúvida um signo fatal: Um “Lampião” que se apaga...
Quando teremos, enfim, nos sertões brasileiros, de todo apagados esses
“Lampiões” da morte e do crime?
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Observe uma coisa Mendes: O jornal de 1925 estava prevendo a morte de Lampião para breve. Entretanto, ele deu trabalho às autoridades por mais 13 anos. E foram treze anos de muitas batalhas, e infelizmente - de muitas mortes.
ResponderExcluirAbraços,
Antonio José de Oliveira - Bela Vista - Serrinha