Por Ney Vital Guedes
Jornalista Ney
Vital e Fausto Maciel-Piloto
Fausto Luiz Maciel, conhecido por Piloto é filho de Muniz, irmã de Luiz
Gonzaga, nascido no Crato, Ceará, começou a acompanhar Luiz Gonzaga no ano de
1975. Sua primeira gravação com o tio foi no disco Capim Novo, em 1976.
Participou de inúmeros trabalhos e viagens do tio como zabumbeiro, motorista e
secretário. A partir de 1980 seguiu acompanhando Luiz Gonzaga em todos os
seus trabalhos, até o ano de seu falecimento, em 1989. Atualmente mora em
Petrolina/PE.
Piloto é irmão
de Joquinha Gonzaga, cantor e sanfoneiro.
Conta que
conheceu todos os grandes cantores da época, citando Jackson do Pandeiro, Ari
Lobo, Abdias e Marinês.
"-Tive momentos de muito aprendizado e vi muitos fatos e
acontecimentos na carreira do meu tio. A gente brigava muito. Eu era
perguntador e ele respondão. Com tio Gonzaga não tinha por favor. Era leve isto
no Recife, dava o roteiro, de ida e volta. Eu sempre tinha uma resposta na
ponta da língua. Quando ia
gravar um dos últimos discos, eu quis viajar logo para o Rio de Janeiro com
ele, que me pediu que ficasse em Exu, quando precisasse, mandava a passagem e
eu iria. Avisei que fizesse isto com antecedência, porque não ia às pressas. E
foi o que aconteceu. João Silva me ligou dizendo para eu pegar o ônibus que a
gravação ia começar tal dia. Estava muito em cima, respondi eu não iria. E não
fui”.
Revela hoje
que os arroubos faziam parte da idade e uma certa imaturidade e dificuldade de
compreender o mal humor do tio.
"Mas houve momentos de muitos abraços e
declarações de amor. Bons momentos e felicidades".
Motorista e
zabumbeiro, Piloto afirma que durante os anos que conviveu com Gonzagão
testemunhou “coisas incríveis”;
“Ele foi mal assessorado quase a carreira toda.
Ele não tinha visão de dinheiro. Às vezes fazia show em clube lotado, e o
empresário dizia que deu prejuízo. Quando Gonzaguinha assumiu a carreira dele,
tio Gonzaga teve sua fase de profissional. Passou a receber cachê
adiantado".
Piloto revela
que até o final da vida Luiz Gonzaga não podia, por exemplo, ver um circo.
'Lembrava sempre quando parava e fazia o show dividindo a renda com o dono, às
vezes dava toda renda ao dono, quando o circo estava com muita dificuldade. Uma
vez cismou de comprar uma Kombi a álcool, ninguém conseguiu convencer ele sobre
as desvantagens, da instabilidade, nada. Quando ele queria, tinha que ser”
Texto Ney Vital Guedes.
Fonte: facebook
Página: Guilherme
Machado
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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