Por João Filho de Paula Pessoa
“Ilmº. Snrº. Major Cosme de Farias.
Os meus respeitos.
Tem esta o fim especial em solicitar a vossa alma nobre, o favor, um apoio, uma
caridade em nome do nosso excelso padroeiro Sinhor do Bonfim, em nome dos
vossos entes queridos, para que vos compadeça da minha triste situação, da
minha grande tristeza, peço que vós sejais o meu defensor, o meu patrono, nesta
causa que existe contra mim ....
..... porém, hoje me encontro inutilizada, sem uma perna e, além disso,
condenada, sem ter um ente que possa falar por mim, só Deus, e agora esta
grande inspiração enviada pelo Creador, para apelar para seu coração generoso,
o qual espero serei atendida. Da humilde Sérgia Ribeiro – Dadá.”
Trechos da carta enviada por Dadá da cadeia à um célebre
Rábula de Salvador pedindo sua ajuda.
Em Dezembro de 1941, este advogado
prático, conhecido como Advogado dos Pobres impetrou um Habeas Corpus em favor
de Dadá, libertando-a e dando-lhe de presente uma Máquina de Costura para ela
trabalhar e seguir a vida, e assim ela fez, seguiu a vida pós cangaço como
costureira, uma excelente costureira, que sempre foi, e criou filhos e netos
neste ofício.
João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 16.10.2019.
Na foto: Dadá e sua neta Ilana Borboleta
Acervo: Ilana Borboleta.
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