Anderson Silva provou ser o maior lutador de vale tudo do mundo quando mais uma vez defendeu o cinturão de campeão de vale tudo derrotando americano que falou demais:
O brasileiro Anderson Silva nocauteou o americano Chael Sonnen na madrugada deste sábado (7), em Las Vegas, nos Estados Unidos, e assim manteve o cinturão dos pesos-médios do UFC
O primeiro round foi complicado para o brasileiro. Logo no início, Sonnen conseguiu colocar a luta para baixo e não deixou Anderson sair debaixo dele, levando a melhor durante os cinco primeiros minutos
No segundo round, com essa joelhada, Anderson desmontou o rival e conseguiu a reviravolta no combate
Depois do golpe no peito do americano, Anderson Silva só teve o trabalho de cair por cima de Sonnen e desferir golpes até que o juiz interrompesse a luta. Vitória do brasileiro por nocaute técnico
Foi a décima defesa de título dos médios do Spider, que se mantém invicto no UFC e não perde uma luta de MMA desde 2006
pós muita provocação e até desrespeito por ambas as partes, os lutadores se cumprimentaram no ringue, mas Anderson cutucou e, ironicamente, convidou: 'Chael, se quiser, vamos comer um churrasco lá em casa. A minha mulher cozinha'
Na coletiva de imprensa após a luta, os dois lutadores baixaram o tom das provocações e até trocaram algumas palavras depois do fim da entrevista
Dana White comemorou aquele que ele chamou de 'o maior UFC da história'. Só de bilheteria, o evento faturou nada mais nada menos do que R$ 14 milhões
Com cara de poucos amigos, Sonnen não quis provocar Anderson na coletiva. O americano estava visivelmente abatido depois de mais uma derrota para o brasileiro
Depois de cumprir sua agenda de compromissos do UFC,em Las Vegas ao lado de muitos amigos
Um dos amigos presentes na noitada foi o peso-pesado Minotauro. A lenda do MMA rasgou elogios a Anderson e garantiu: 'Você nasceu para brilhar'
Biografia
Nascido na cidade de São Paulo, mudou-se ainda pequeno para Curitiba, onde começou a treinar Taekwondo com 7 anos de idade, esporte no qual tornou-se faixa preta aos 18 anos de idade. No Muay Thai, Anderson foi o segundo faixa preta formado pelo Mestre Fábio Noguchi em Curitiba. Ele também é faixa preta em jiu-jitsu dos irmãos Nogueira (Minotauro e Minotouro). A origem de seu apelido, Aranha, vem de um anuncio que citou o aranha por causa de uma camisa que usava no dia de um evento, minutos antes dele entrar no ringue e até hoje esse apelido perdura. Antes do Muay Thai, tentou ser jogador de futebol tendo feito um teste para o Corinthians.
Anderson Silva declara-se em sua biografia, escrita pelo jornalista Eduardo Ohata, Anderson Spider Silva, um homem um tanto afeminado pelo fato de tratar-se com cremes para a pele.
Carreira no MMA
A rigor, Anderson estreou em um torneio em forma de GP, no qual teria de lutar uma semifinal antes da final. Anderson foi o campeão desse GP, vencendo duas lutas. Depois fez várias lutas no Mecca, evento bem famoso naquela época. Suas boas exibições no Brasil lhe renderam uma chance de fazer lutas internacionais.
Shooto
Sua estreia no Shooto foi contra o japonês "Tetsuji Kato". Anderson venceu a luta por decisão unânime. Depois voltou para o Brasil e venceu mais uma luta no Mecca. Com seguidas vitórias no cartel, Anderson teve a primeira grande oportunidade de disputar um cinturão de um torneio de grande reconhecimento na época, o Shooto. Anderson lutou pelo cinturão dos pesos médios do evento, em 2001, contra o japonês Hayato Sakurai e venceu a luta por decisão unânime dos juízes. Anderson enfim conquistava o seu primeiro cinturão em um grande evento de MMA.
Pride e outros eventos
Em 2002, Silva passou a lutar no Pride. Em sua primeira luta, no dia 23 de junho de 2002, venceu o americano Alex Steibling por nocaute técnico no primeiro round. Nas suas próximas duas lutas, Anderson permaneceu invencível, vencendo por decisão unânime o japonês Alexander Otsuka e o canadense Carlos Newton, ex-campeão do UFC. Nessa luta, Silva ganhou com uma joelhada fenomenal, depois de Newton tentar golpeá-lo no primeiro round.
No Pride 27, Silva enfrentou o japonês Daiju Takase, que, considerando seu cartel até então de quatro vitórias e sete derrotas, credenciava a Anderson um certo favoritismo, pois vinha de nove vitórias seguidas. Porém, o japonês conseguiu uma queda logo no início na luta, e conseguiu manter no chão até finalizar o brasileiro com um triângulo, finalizando-o aos oito minutos.
Após a derrota para Takase, Anderson Silva lutou em outros eventos. No Conquista Fight 1, venceu o brasileiro Waldir dos Anjos por nocaute técnico. Em 2004, lutou no Gladiator FC: Day 2, onde enfrentou o lutador Jeremy Horn (ex-desafiante de cinturão do UFC). Anderson obteve uma vitória por decisão unânime.
Em 2004, após ter conquistado o cinturão do Cage Rage em cima do inglês Lee Murray, Silva retornou ao Pride para enfrentar Ryo Chonan. Apesar de levar enorme vantagem na luta, Anderson foi surpreendido com uma finalização sensacional do japonês. Chonan conseguiu finalizar Anderson Silva no terceiro assalto após sofrer vários golpes durante a luta.
Cage Rage e derrota para Okami no Rumble on the Rock
Após a derrota, Anderson continuou a lutar no Cage Rage, e em outros eventos. Silva fez sua estreia no Cage Rage em Londres, na Inglaterra, onde logo lutou pelo cinturão do evento. Em 11 de setembro de 2004, no Cage Rage 8, Anderson lutou e derrotou Lee Murray na disputa por decisão unânime dos jurados e conquistou o segundo cinturão de expressão da sua carreira, o cinturão de pesos-médios do Cage Rage.
Depois de defender com sucesso duas vezes seu título no Cage Rage, respectivamente contra Jorge Rivera e Curtis Stout (ambos por decisão unânime), Anderson Silva lutou no Rumble on the Rock 8 contra Yushin Okami na primeira fase do torneio dos médios, no dia 20 de janeiro de 2006. Nesta luta, Anderson chutou o rosto de Okami em posição de guarda, que, pelas regras do evento, era proibido. O japonês poderia voltar à luta, mas prefiriu não continuar, o que resultou na desqualificação de Anderson Silva e na última derrota do brasileiro.[10]
Após essa luta, Anderson lutou mais uma vez no Cage Rage, dessa vez contra o americano Tony Frykfund. Anderson logo dominou a luta e ganhou por nocaute (cotovelada) aos dois minutos do primeiro round. A luta foi pelo Cage Rage 16, no dia 22 de abril de 2006. Após essa luta, Anderson começou sua carreira ainda hoje invencível no UFC.
Carreira no UFC
Em 2006, Silva passou a combater no Ultimate Fighting Championship no evento Ultimate Fight Night 5 nos Estados Unidos. No dia 28 de junho de 2006, sua estreia, saiu vitorioso sobre Chris Leben, até então invencível. Anderson nocauteou-o aos 49 segundos do primeiro round, a luta mais rápida de sua carreira e uma das únicas que o lutador teve 100% de acuracidade. Nota-se que Anderson era um lutador até então relativamente pouco conhecido nos Estados Unidos, e que Leben previu que o mesmo ia nocautear Silva numa entrevista antes da luta.
Campeão dos pesos-médios
Depois da luta contra Leben, uma enquete no site do UFC foi feita para escolher quem seria o próximo oponente de Anderson. A maioria dos votos foi para o até então campeão dos pesos médios, Rich Franklin. Ao dia 14 de outubro de 2006, no UFC 64, Anderson Silva teve a oportunidade de disputar o cinturão da categoria de pesos médios no UFC, onde venceu no primeiro round de forma arrasadora. Essa luta é considerada como uma das melhores de sua carreira, pois Anderson mostrou fantásticos movimentos e golpes como joelhadas e chutes. Aos três minutos do primeiro round, Franklin esquivou-se de um dos socos de Anderson antes de cair no chão e decretar a vitória do brasileiro.[11] Ele foi o segundo oponente que derrotou Franklin, depois de Lyoto Machida.
Defesas do Cinturão
Anderson Silva é considerado por muitas pessoas o melhor lutador de todos os tempos. Ele possui recordes mais knockdowns na história do UFC (quinze) e mais acuracidade no ringue (cerca de 68,5%). Ele se encontra invicto no UFC e possui quatorze vitórias seguidas no campeonato, incluindo dez vitórias de título e onze defesas de cinturão.
UFC 67
Em 3 de fevereiro de 2007, no UFC 67, Anderson estava programado para lutar contra o vencedor do reality show "The Ultimate Fighter 4" Travis Lutter. Essa seria sua primeira luta depois da sua defesa de cinturão contra Rich Franklin, em outubro de 2006. Contudo, o adversário se apresentou acima do limite do peso da categoria dos pesos médios (84 quilos) e a luta então não foi considerada como a principal. Nessa luta, muitas pessoas acreditavam que a melhor maneira de Lutter ganhar era mandando Anderson para o chão, mostrando suas habilidades de faixa-preta de jiu-jítsu. Anderson Silva, entretanto, venceu o adversário com uma combinação de triângulo e de cotoveladas no segundo assalto.
UFC 73
Na luta seguinte, no UFC 73, em 7 de julho de 2007, Anderson defendeu com sucesso seu título contra Nate Marquardt, vencendo por nocaute técnico em 4:50 do primeiro assalto. Anderson até então já tinha ganhado uma certa popularidade nos Estados Unidos, mas Nate possuía um certo favoritismo, principalmente por causa de sua habilidade de ganhar lutas no chão e por ter ganhado seis lutas seguidas. Essa foi a primeira derrota dele depois de lutar contra Ricardo Almeida (lutador).
UFC 77
Três meses depois, no dia 20 de outubro de 2007 no UFC 77, Anderson lutou uma revanche de defesa do título contra o americano Rich Franklin, lutador que havia perdido o título, em sua cidade natal, Cincinnati. Anderson defendeu seu cinturão ao derrotar Franklin por nocaute técnico no segundo round, onde surpreendeu todos ao mostrar suas habilidades de trocar e se esquivar com as mãos abaixadas. Essa foi considerada uma das suas melhoras lutas de todos os tempos e ganhou um bônus de nocaute da noite.
UFC 82
No dia 1 de março de 2008, no UFC 82, Silva lutou contra o campeão dos pesos médios do Pride Fighting Championships, Dan Henderson, em uma disputa de unificação de título (títulos do UFC e Pride). Novamente, muitas pessoas pensaram que Henderson poderia ganhar e teria uma certa vantagem no chão, mas Anderson defendeu o seu título ao derrotar Henderson com um mata-leão no segundo assalto.[12] Essa foi uma surpresa porque Henderson havia completado as olimpíadas de 1992 e 1996 no estilo da luta greco-romana.
UFC Fight Night: Silva vs Irvin
Cerca de quatro meses depois, no "UFC Fight Night 4" em 19 de julho de 2008, Silva fez sua estreia nos meio-pesados contra James Irvin. Anderson venceu por nocaute no primeiro do primeiro round, mostrando leveza, rapidez e agressividade, mesmo lutando com um peso novo de noventa e três quilos. Anderson pegou a perna esquerda de Irvin com a sua mão esquerda e devolveu um soco direto que fez com que Irvin caísse no chão. Anderson finalizou a luta dando mais alguns socos em Irvin, que estava inconsciente.[13]
UFC 90
Após a unificação dos títulos, em 25 de outubro de 2008 no UFC 90 em Chicago, Anderson Silva voltou a defender seu título dos médios, desta vez contra Patrick Côté. No terceiro assalto, Côté sentiu dores no joelho após desferir um chute. O árbitro Herb Dean declarou a luta encerrada pois Patrick Côté não poderia continuar a luta, e declarou vitória de Anderson Silva por nocaute técnico. [14]
Após a luta, Anderson foi criticado por parecer estar desviando contato de Côté.[15] O próprio presidente do UFC, Dana White, censurou a atitude de Anderson, falando "Eu não entendi as táticas de Silva... Esse não foi o Anderson Silva que eu estou acostumado a ver nos últimos dois anos."
UFC 97
No dia 18 de abril de 2009, no UFC 97, Anderson lutou e venceu Thales Leites por decisão unânime, defendendo seu cinturão e obtendo sua nona vitória consecutiva no UFC, recorde do evento. Thales Leites foi o único homem até então na história do UFC a lutar com Anderson Silva nos cinco rounds seguidos até a decisão dos juízes. A multidão vaiou várias vezes o desempenho sem brilho de Anderson, sua expressão entediada e suas tentativas frustradas de incitar o seu adversário na luta. No quarto e quinto assalto, Anderson chegou a dançar e baixar a guarda, golpeando o adversário sem que houvesse retaliação.[16] Após a luta, Dana White afirmou que estava "envergonhado" pela performance de Anderson, mas que ainda acreditava que ele era o melhor lutador de pound-for-pound do mundo.
UFC 101
No UFC 101, Silva mais uma vez lutou nos meio-pesados, desta vez contra o ex-campeão da categoria Forrest Griffin. Griffin foi derrubado três vezes no primeiro assalto. Após o terceiro knockdown, Forrest sinalizou que ele estava acabado, e Silva foi declarado vencedor por nocaute. Essa é considerada uma das melhores lutas de sua carreira,[17] e ganhou o prêmio de "Beatdown of the Year" pela Sherdog.
Depois de derrotar Griffin, uma repórter do Yahoo! Sports alegou que o técnico de Anderson, Ed Soares, tinha confirmado que Anderson iria abandonar a categoria de pesos médios para passar para a de meio-pesado. Entretanto, o próprio Soares e um trabalhador do UFC negaram essa conversação: Anderson não iria abandonar seu título somente para lutar exclusivamente na categoria de meio-pesado.
UFC 112
Anderson era esperado para lutar contra Vitor Belfort no dia 2 de janeiro de 2010, no UFC 108. Porém, Ed Soares anunciou que a luta não iria ser realizada até Silva recuperar-se completamente da cirurgia. A luta então foi adiada para o dia 6 de fevereiro de 2010, no UFC 109. A luta, entretanto, estava dependente da saúde de Anderson, que, segundo o mesmo, "não estava bem como planejada". A luta foi cancelada devido à lenta recuperação de Anderson. Os dois iriam lutar novamente no dia 10 de abril de 2010 no UFC 112, mas foi cancelada novamente devido a um ferimento, agora com Belfort. Demian Maia foi selecionado para completar a vaga e lutar contra Anderson pelo cinturão.
Em Abu Dhabi, no UFC 112, Anderson ganhou do brasileiro Demian Maia por decisão unânime dos juízes. A luta foi criticada mundialmente pelo desleixo de Anderson durante a luta e pelo fato de não ter nocauteado o adversário.[18] Anderson chegou a ser advertido pelo juiz por sua conduta, e no quinto round a plateia começou a apoiar Demian Maia, que parecia ser o único lutador que estava com vontade de partir para cima. O presidente do UFC Dana White disse que se sentia envergonhado e decepcionado com a apresentação de Anderson, após casar essa luta em um dos maiores evento de UFC da história, economicamente falando e principalmente por ter sido o evento de estréia em Abu Dhabi, onde se esperava um show e não uma luta daquela como evento principal.[19]
Imediatamente depois da luta, Anderson desculpou-se e viu que ele não era o mesmo e que teria que correr atrás para reavaliar a humildade que tinha levado ele a onde ele estava agora. Depois de um certo tempo, Anderson fez várias referências do fato de como Maia o insultou antes da luta.
UFC 117: Silva vs Sonnen
Depois dessa luta, Anderson era esperado para lutar contra o americano Chael Sonnen para o cinturão dos pesos médios no UFC 117, no dia 7 de agosto de 2010. No primeiro round, Sonnen aturdiu Anderson com um soco depois de levá-lo para baixo e dominar na posição, dando vários golpes. Nos três rounds seguiram-se em um estilo similar, com Anderson indo para o chão cedo e Sonnen dominando dentro da guarda dele. No quinto round, Anderson caiu depois de ser marcado pelo gancho de esquerda de Sonnen, e o mesmo levou vantagem e novamente foi para cima, dando golpes a Anderson. Com cerca de dois minutos restantes, Anderson conseguiu um armlock após aplicar um triângulo de perna, forcando Sonnen a submeter-se aos três minutos e dez segundos do round 5. [20]
Anderson foi golpeado mais nessa luta do que em sua carreira inteira. De acordo com um banco de dados do CompuStrike, em todas suas lutas no UFC, Anderson foi golpeado 208 vezes. Somente nessa luta, Sonnen golpeou-o um total de 289 vezes.[21] Depois da luta, foi revelado que Sonnen teria ganho numa decisão de juízes. Todos os três juízes marcaram Sonnen como o ganhador de todos os quatro rounds.
Nesta luta, Anderson afirmou ter lutado com a costela trincada, contra as recomendações de seu médico. Durante o primeiro round, Sonnen quebrou a costela e Anderson ficou fora dos ringues até 2011 por causa dessa injúria. Após a luta foi confirmado que Sonnen testou positivo para substâncias dopantes. Testes de doping revelaram que Sonnen tinha uma proporção elevada de testosterona no seu corpo na luta com Anderson (um resultado que é consistente com um terapia de relocação de testosterona), ou seja, ele foi "pego" no exame antidopping. Entretanto, a mesma companhia depois confirmou que os níveis de testosterona de Sonnen estavam condizentes. Dana White anunciou que Sonnen teria uma revanche com Anderson quando o mesmo retornasse. Esse fato foi revocado depois do problema dessas substâncias, mas White anunciou que Sonnen teria sua revanche depois de ganhar duas vitórias seguidas, que só aconteceria em 2012.
UFC 126
Sendo assim, Silva defendeu e manteve o cinturão dos médios no UFC 126, que aconteceu no dia 6 de fevereiro de 2011, em Las Vegas, onde ele lutou contra o compatriota Vítor Belfort. A luta durou pouco menos de quatro minutos. Nos dois primeiros minutos, Vitor e Anderson estavam preparando-se, e após isso eles começaram a trocação direta. Aos três minutos e vinte e cinco segundos, Belfort foi nocauteado por um forte chute frontal no rosto disparado por Silva, antes de alguns socos.[22] Com a vitória, Anderson foi o primeiro lutador da história a ganhar de um nocaute de Vitor em vinte e oito lutas do mesmo.
UFC 134
Na cidade do Rio de Janeiro, no UFC 134, dia 27 de agosto de 2011, Anderson Silva mais uma vez defendeu seu título, desta vez contra Yushin Okami. Essa foi uma revanche entre os dois lutadores, uma vez que Okami foi o último lutador a vencer Anderson Silva. No segundo round, Anderson derrubou Okami duas vezes. Na segunda vez, Anderson golpeou o adversário e o nocauteou aos dois minutos e quatro segundos, defendendo assim seu título pela nona vez e vencendo sua décima quarta luta no UFC.[23] Essa luta foi considerada uma das melhores de sua carreira, mostrando certa semelhança com a vitória dele sobre Forrest Griffin.
UFC 148: Silva vs Sonnen 2
Anderson Silva enfrentará novamente seu principal desafeto, o americano Chael Sonnen, numa revanche que acontecerá no UFC 148, dia 7 de julho, em Las Vegas. O "Spider" vem sendo considerado o grande favorito para vencer essa luta, principalmente pelo fato de na última luta entre eles, Anderson ter lutado com uma lesão na costela e mesmo assim ter vencido, por finalização, o falastrão lutador americano, que na ocasião também caiu no exame anti-dopping e perdeu a moral de lutador que quase venceu Anderson Silva.[24]
O clima pré-luta é tenso. Após Anderson ter aceitado todas as críticas de Sonnen desde a última vez que eles confrontaram no ano de 2010, o lutador desabafou, xingando e provocando Sonnen[25][26] em uma entrevista coletiva. Algumas de suas frases são:
"Eu vou bater nele, vou bater nele, ele vai tentar me agarrar, vou continuar batendo nele até ele desistir. Acho que a luta acaba no primeiro round. Não tem jogo nenhum. Acabou a brincadeira, ele pode ficar falando bobagem, mas acabou. Sábado, muita coisa vai mudar. Para ele me bater em pé tem que ser mágico, impossível me bater. Vocês não tão entendendo o que vai acontecer. O Chael (Sonnen), em outras palavras, está ferrado."
Nesse dia, Chael Sonnen permaneceu quieto, parecendo chocado com a reação repentina de Anderson (juntamente com todos da sala de imprensa, inclusive os dirigentes do UFC), mas depois de alguns dias o desafiante americano não ignorou a mágoa e não ficou desanimado e também provocou o brasileiro, falando que será o "seu funeral".[27] O próprio presidente do UFC Dana White falou que está muito ansioso para o confronto,[28] que vem sendo considerado por muitos a luta do século e a maior rivalidade da história do UFC.[29]
Nesta luta, Anderson mostrou mais uma vez porque é considerado por muitos o maior artista marcial de todos os tempos. No primeiro round, apesar do domínio de Sonnen que levou a luta pro chão e permaneceu montado até o final do round, desferindo varios golpes, socos e cotoveladas, Anderson demonstrou calma e serenidade, amarrando a luta até o final do round. No segundo round, Anderson utilizou de duas perfeitas esquivas desequilibrando Sonnen que caiu quando sua cotovelada giratória passou no vazio. No chão, sem saber o que fazer, Sonnen recebeu uma joelhada certeira no peito e, na sequência, varios socos de Anderson, que culminaram no nocaute técnico de Sonnen.[30]
Ao final da luta, Anderson surpreendeu, reverenciando o adversário e pedindo aos brasileiros presentes no MGM Grand Arena para aplaudir Chael.[31] Depois convidou-o para um churrasco na sua casa, no qual o rival aceitou com um tom cômico. Chael rendeu-se ao campeão e aos brasileiros, tomando uma atitude respeitosa, bastante diferente daquela que era habituado a tomar.[32] Na entrevista após a luta, Anderson ainda queria fazer mais história no UFC. "Tenho muita motivação. O fato de estar aqui podendo fazer o que gosto. Todo mundo teve o privilégio de ver o que foi a pesagem. A gente nunca teve isso na história do UFC. E poder estar do lado desses caras que fazem história. Antes de eu pensar em lutar, Tito já estava aqui fazendo história".[33]
Filme
Em 2011, foi lançado um documentário chamado "Como Água", que contando toda a preparação do lutador para ganhar o cinturão do UFC. O filme foi premiado no Tribeca Film Festival como Melhor Direção.[34]
Patrocínios
A gestão da carreira de Anderson é mantida pela empresa 9ine, do ex-jogador Ronaldo Luís Nazário de Lima. Desde 1º de agosto de 2011, Anderson é lutador contratado do Corinthians, o qual é torcedor.[35] Também é patrocinado pela rede de lanches Burger King e pela rede de calçados e roupas Nike.É patrocinado também pela cerveja americana Budweiser [36]
Títulos e recordes
Brazilian Freestyle Circuit
- Campeão de um GP do torneio.
- Invicto no evento.
- Campeão Peso-Médio do Shooto.
- Invicto no evento.
- Campeão Meio-Médio do Cage Rage.
- Recordista de defesas de cinturão na divisão dos médios (3 vezes).
- Maior recordista de defesas de cinturão da história do Cage Rage (3 vezes).
- Só fez lutas por disputa de cinturão, vencendo todas.
- Campeão do cinturão dos Médios do UFC.
- Vencedor da Luta da Noite (três vezes).
- Vencedor da Finalização da Noite (duas vezes).
- Vencedor do Nocaute da Noite (três vezes).
- Unificou os cinturões Peso-Médio do UFC e Peso Meio-Médio do Pride.
- Recorde de maior número de vitórias consecutivas no UFC (15).[37]
- Recorde de maior número de vitórias consecutivas em defesa de título no UFC (10).[38]
World MMA Awards
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