Por Verluce Ferraz
Sempre será polêmico o assunto em virtude de boa parcela de seus seguidores não desejarem seu representante no cangaço com características diferentes da tão atribuída “machão”; mesmo que essas características sejam compatíveis com o estilo do cangaceiro Lampião e de sua companheira Maria Bonita. Ele repassava a imagem de machão temido; as armas em punho foram seu salvo conduto. Ela, seguindo o seu companheiro, parecia dizer: eu sou a mulher do Capitão. Não cozinho e nem passo, sou mulher do grupo.
As outras que me acompanham, obedeçam! Mas por que
o casal impunha tantas regras aos grupos cangaceiros? A alma peregrina do cangaceiro
Lampião vivia afastada das mulheres; a de Maria já não representa essa solidão;
foi casada separando-se por falta de afinidade com o marido Zé de Neném.
Brigava muito com o marido e se metia a fugir vez por outra para a casa da
prima, Maria Rodrigues da Sá, com quem partilhava de seus ‘segredinhos’ ((“A
trajetória guerreira de Maria Bonita – A Rainha do Cangaço” –LIMA, João de
Sousa Lima).
Brigas eram comuns entre a Maria e o Zé que resultava em
separação; volta e meia acertava a casa da amiga de infância com quem se
relacionava muito bem. Maria aprendeu a bordar e seus bordados foram elo entre
ela e Lampião. Ele que tanto se a perfilava recebeu da Maria os seus bordados e
com isso ‘um dote’ e isso favorecia como ‘modelo’ que estenderia ‘sua marca aos
grupos’. Essa ‘marca’ é que vai originar o livro Lampião, o Mata Sete, do juiz
sergipano Pedro Morais, causando indignação a muitos de seus leitores.
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