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terça-feira, 5 de abril de 2011

Figuras de Linguagem - Bom para alunos

Por José Mendes Pereira
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Foto da Universidade de Coimbra
             Para dar mais vida, beleza, força e colorido à expressão oral ou escrita, dispomos de vários recursos (meios) chamados figuras de linguagem.
           Vou apresentar algumas dessas figuras, que poderão auxiliá-lo a enriquecer sua capacidade de expressão.

            a - Metáfora - é uma comparação abreviada.

            Observe:

            Maria é uma flor

            Na frase acima, Maria é comparada a uma flor. O elemento comum entre Maria e a flor é a beleza.

            b - Metonímia -  É o emprego de uma palavra por outra, baseando-se numa relação constante entre as duas.

            Respeitemos os seus cabelos brancos.
            Isto é, o efeito pela causa.

            Leio Castro Alves.
            O autor pela obra.

            c - Catacrese - Consiste em dar a palavra uma significação que ela não tem, por falta de termo próprio.

            Exemplos:

            Asa do bule, folha de papel, pé da mesa, braço da cadeira, boca da noite...

           d - Elipse - É a omissão de palavra ou expressão facilmente subentendida. É frequente nos provérbios.

            Exemplos:

            Sabemos o que queremos (Nós)
            Quanta gente na praça! (há, está)

            e - Pleonasmo - É palavra ou expressão redundante, repetição da mesma ideia, com a finalidade de reforçar e avivar a expressão e o pensamento.

            Exemplos:

            Viver uma vida longa
            Ver com os próprios olhos.

            f - Silepse  - É a concordância com a ideia e não com a palavra expressa. É uma concordância de acordo com o sentido, por isso também chamada concordância ideológica. 

            Exemplos:

            Esta criança...ninguém pode com ele! (Está se falando de um menino).
            A grandiosa São Paulo não para. (Concordância com a ideia de cidade).

            g - Onomatopéia - É a imitação de ruído sons, ou vozes naturais dos seres por meio de palavras.

             Exemplos:
           
             E lá ia o cavalo pela estrada, toc, toc, toc...
            Trim, trim, insistia o telefone.

            h - Prosopopeia - Prosopopeia ou personificação - é um recurso pelo qual fazemos as coisas e os animais agirem cmo se fossem pessoas: as coisas e os animais tomam vida, agem, falam, pensam, sentem, etc.

             Exemplos:

             As ondas castigam o rochedo.
             A passarada conversava na copa da mangueira
             A lua beijava a face do lado adormecido.

            i - Ironia - Consiste em dizer o contrário do que pensamos, geralmente num tom de zombaria. A ironia depende do contexto, da expressão, dos gestos, da voz.

             Exemplos:

             Que letra bonita! (Para dizer que a letra é muito feia).
             Ele se mata de tanto trabalhar! (Para dizer que é preguiçoso).

             j - Eufemismo - Consiste em disfarçar, suavisar, expressões rudes, chocantes, desagradáveis.

             Exemplos:

             Entregou a alma a Deus. (morreu)
             Funcionário da limpeza pública. (lixeiro)
             Não alcançou média suficiente. (foi reprovado)

            l - Perífrase ou circunlocução - Consiste no emprego de muitas palavras para indicar o ser através de alguma das suas qualidade ou atributos.

            Exemplos:

            O rei das selvas. (o leão)
            O navio do deserto. (camelo)
            A águia de Haia. (Rui Barbosa)

            m - Hipérbole - Figura que aumenta ou diminui exageradamente a verdade. É um exagero para destacar a ideia e chamar a atenção.

            Exemplos:

            Ganhou rios de dinheiro!
            Há um século que te espero!
            Já lhe falei mil vezes.

Vícios de linguagem

           A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.
           Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

            a) barbarismo: - Consiste em gravar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

             Exemplos:

             Pesquiza (em vez de pesquisa)
             Prototipo (em vez de protótipo)

            b) solecismo: - Consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática. 

            Exemplos:

            Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz; desvio na sintaxe de concordância)

            c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.

            Exemplo: 
           O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

           d) cacófato: -  Consiste no mau som produzido pela junção de palavras.

            Exemplo: 
            Paguei cinco mil reais por cada.

            e) pleonasmo: - Consiste na repetição desnecessária de uma ideia.

            Exemplo:

            A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

            f) neologismo: - É a criação desnecessária de palavras novas.

            Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

            g) arcaísmo: - Consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.
            Exemplo:

            Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)

           h) eco: - Trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
           O menino repetente mente alegremente.

Fonte de pesquisa:
Siqueira Bertolin
Português Dinâmico 
       




            

            



            

           

          


               

           

           
            

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