Por: José Mendes Pereira
Tancredo de Almeida Neves, nasceu em São João del-Rei, no dia 4 de março de 1910, no Estado de Minas Gerais, e faleceu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo capital. Era um excelente advogado. Empresário e político brasileiro.
Foi eleito presidente do Brasil no ano de 1985 pelo voto indireto de um colégio eleitoral. Mas infelizmente adoeceu gravemente, e em 14 de março do mesmo ano, véspera da posse, faleceu, sem ter sido oficialmente empossado. Apesar de ter falecido antes de ser empossado, pela lei nº 7.465, promulgada no primeiro aniversário de sua morte, seu nome deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil. Tancredo foi o último mineiro a ser eleito presidente do Brasil no século XX. Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos.
Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de Aécio Neves, governador de Minas Gerais entre 2003 a 2010.
Certa vez, em uma entrevista a um canal de Televisão, Tancredo de Almeida Neves falou sobre alguns fatos que ocorreram durante a sua vida política. E duas delas são:
PRIMEIRA
Quando foi eleito pela primeira vez a governador do Estado de Minas Gerais, e estava cuidando arrumar o seu ministério, encontrou-se com um deputado de suas amizades. E lá, conversaram muito sobre alguns problemas do dia a dia.
Já próximo ao se despedirem, o deputado (cujo ele não indicou o nome), disse-lhe:
- Doutor Tancredo Neves, por onde eu passo nas ruas, nas churrascarias, aliás, em todos os lugares as pessoas me perguntam se eu vou ser Ministro da Educação.
Tancredo Neves inteligente, e sabendo que o deputado estava querendo que ele o convidasse para assumir o ministério da Educação, disse-lhe:
- Você faz o seguinte: Quem lhe perguntar se eu convidei você para ser Ministro da Educação, diga-lhe que eu lhe convidei, mas você não aceitou o meu convite.
Tancredo Neves tirou o deputado de tempo.
SEGUNDA
Outra como governador.
Certa vez, foi ao barbeiro para cortar cabelos e fazer a barba. Ao chegar na barbearia encontrou o barbeiro desocupado. E ali se sentou para que o profissional fizesse o trabalho solicitado.
Após os cabelos cortados, o barbeiro deu início à barba.
Assim que passou a escuma, afiiou a navalha foi fazendo o trabalho com delicadeza em seu pescoço.
Em um momento, o barbeiro fez-lhe a seguinte pergunta:
-Dr. Tancredo, o senhor sabe quem eu sou?
-Não. – Respondeu-lhe Tancredo Neves despreocupado.
-Pois eu sou aquele sujeito que o senhor quando promotor, fez com que eu puxasse uma cadeia durante dez anos.
Ele segurando a navalha sobre a parte inferior do seu queixo, disse:
-Mas o senhor não se preocupe, pois eu merecia àquela cadeia.
Ao terminar o trabalho, Tancredo de Almeida Neves nunca mais passou pela a rua do barbeiro.