Gonçalves Dias
Antônio Gonçalves Dias nasceu no ano de 1823 em Caxias, no Estado do Maranhão, e faleceu no ano de 1864. Era formado em Direito pela Universidade de Coimbra, retornando ao Brasil em 1845.
Vivendo em São Luís, apaixona-se por Ana Amélia, e com o fracasso do relacionamento amoroso por pressões da família dela, já que o poeta era filho de pai português e de mãe mestiça, mesmo assim ele dedicou o poema "Ainda uma vez... Adeus!" a amada.
Tuberculoso, vai à Europa em 1862 para tratar da saúde; combalido e reduzido à miséria, decidiu voltar, morrendo em naufrágio à vista das costas do Maranhão.
Gonçalves Dias era clássico na forma e no estilo, por formação literária, foi, por índole, o poeta das tradições e da alma popular brasileira.
Pertenceu à primeira geração do Romantismo Brasileiro. Delicado e melancólico, criou o indianismo romântico, impondo-se como uma das maiores figuras da nossa literatura.
É considerado o mais maduro dos românticos brasileiros, o nosso maior poeta romântico. Seus versos encerram eloquência e unção, lirismo, grandiosidade e harmonia.
Escreveu : Primeiros Cantos, Segundos Cantos, Últimos Cantos, Sextilhas de Frei Antão, I-Juca Pirama, Dicionário da Língua Tupi, Os Timbiras e os dramas Beatriz Cenci, Leonor de Mendonça, Boabdil, Patkul, etc.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Há um equívoco, essa foto busto não é de Gonçalves Dias é de Coelho Netto, também escritor maranhense!
ResponderExcluirAmigo Anônimo:
ResponderExcluirMuito obrigado pela sua informação sobre a foto que não é Gonçalves Dias e sim, Coelho Neto.
Já corrigi o meu equívoco.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn