Por: João de Sousa Lima
Dia 28 de junho de 2011 faz 03 anos da morte de minha amiga Durvinha. Ela que passou 10 anos no cangaço, foi baleada, picada por cobra, sofreu as dores da saudade e sobreviveu para contar a história.
Quando fugiram, ela e Moreno, em 1940, saíram margeando o Rio São Francisco, pelo lado pernambucano, até chegarem, depois de vários dias de caminhada, até Bom Jesus da Lapa.
Em Bom Jesus da Lapa ficaram distante uma légua e meia do centro da cidade, na casa de Gertrudes, depois aproveitaram para ir até a Gruta do Bom Jesus pagar uma promessa que haviam feito para que Durvinha não morresse da picada da cobra. Eles haviam levado um pé de madeira feito por Manuel Miguel, em Tacaratu, Pernambuco. O pé de madeira tinha uma sizura pintada de vermelho, marcando como se fosse o local atingido pelas garras venenosas da serpente.
Moreno e Durvalina
Na casa de Gertrudes os cangaceiros permaneceram aproxmadamente um mês e meio; Durvinha logo que chegou nessa casa enlouqueceu, correu no quintal quase nua
Um cego que passava por lá e ouviu o corre corre de Moreno segurando sua companheira, foi quem ensinou um remédio para que ela ficasse curada, Moreno foi comprar o remédio, que depois de aplicado como havia recomendado o cego, ela ficou boa.
Aristeia e Durvalina,
que no cangaço eram as maiores amigas
Quando empreenderam novamente a fuga com destino a Minas Gerais, um cunhado de Gertrudes, chamado Amâncio, acompanhou os dois cangaceiros. No estado de Minas eles se separaram, ficando Moreno e Durvinha no estado mineiro e Amâncio seguindo para São Paulo. Foi uma verdadeira epopeia a fuga do casal para fugirem do cangaço.
Durvinha deixou saudades, pela amizade construída e por nossa convivência nos últimos tempos, ela se tornou inesquecível, lembro sempre dela e a coloco sempre em minhas orações.
Grande beijo
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