Por: José Cícero
Este é um comentário do pesquisador do Cangaço, José Cícero, sobre o artigo da
pesquisadora Eloisa Farias.
É óbvio que existiu Amor no Cangaço... Ora bolas, o Cangaço foi um fenômeno social que não fora desprovido de nenhuma forma de sentimento, notadamente por envolver seres humanos. E como tal, esteve revestido do velho dualismo: Amor e ódio. Não fosse o sentimentalismo amoroso que soprepôs os corações e a carne dos cangaceiros, talvez não tivesse ocorrido o ingresso do sexo feminino naquele meio. E o amor que seguramente um dia existiu no Cangaço, creio que foi muito além da questão de gênero puro e simples.
O companheirismo e a fidelidade de alguns comandados para com o seu comandante, o capitão Virgulino pode igualmente ser considerado como uma forma de amor. E por que não?
Na literatura cangaceira há, por assim dizer, provas incontestes deste fato. De resto, urge que se diga que o Amor como um dos sentimentos mais sublimes e subjetivos da humana raça, torna-se no mais das vezes, difícil de explicá-lo com meras palavras, assim como compreendê-lo no seu devido grau com verdade absoluta, sobretudo pelo seu caráter intrínseco e particulamente complexo.(do Blog do Cariri Cangaço).
(...) "O amor é um sentimento tão fenomenal e grandioso que como tal, não há como defini-lo simplesmente com palavras. Além do que, definir o Amor seria limitá-lo... eis aí a evidencia maior da sua impossibilidade, posto que o Amor é tão somente algo por demais ilimitável. Presumo entretanto, que a melhor maneira de se tentar compreender o amor; seria de fato senti-lo na sua dimensão mais forte e verdadeira. Como uma força subjetiva, surreal e transcendente... creio assim portanto, que o Amor também compôs o intrincado cenário existencial-humano do Cangaço."(do facebook do CC).
Achar que Maria Déia (Bonita) não amou Lampião isso seria uma ilação das mais inseguras. Há muitas formas de amor e de amar, posto ser este um sentimento (como já disse) dos mais subjetivos que há muito movem os seres humanos pela história afora.
E no cangaço não foi diferente. O diabo é que muitas das causas e razões que levaram homens e mulheres a optarem pela vida cangaceira, quer seja, o ódio, o medo, o desejo de aventura ou ainda por instinto de pura sobrevivência, bem como de vingança; terminaram fazendo com que estas pessoas vivessem uma lida de imensas contradições sentimentais. Dentre outras coisas...
De sorte que o fenômeno do Cangaço, assim como nenhuma outra luta da história esteve imune a estes sentimentos superlativos a que convencionamos até hoje denominar de Amor. O depoimento da cangaceira Durvinha relacionado a Virgínio e Moreno não invalida a concepção do amor cangaceiro, isto é, evidencia por outro lado que ela viveu sim, um tipo de amor, diria não correspondido. Há, por fim diversas maneiras de se amar. E ambas valem a pena, inclusive no contexto do cangaço. E por que não?!
E no cangaço não foi diferente. O diabo é que muitas das causas e razões que levaram homens e mulheres a optarem pela vida cangaceira, quer seja, o ódio, o medo, o desejo de aventura ou ainda por instinto de pura sobrevivência, bem como de vingança; terminaram fazendo com que estas pessoas vivessem uma lida de imensas contradições sentimentais. Dentre outras coisas...
De sorte que o fenômeno do Cangaço, assim como nenhuma outra luta da história esteve imune a estes sentimentos superlativos a que convencionamos até hoje denominar de Amor. O depoimento da cangaceira Durvinha relacionado a Virgínio e Moreno não invalida a concepção do amor cangaceiro, isto é, evidencia por outro lado que ela viveu sim, um tipo de amor, diria não correspondido. Há, por fim diversas maneiras de se amar. E ambas valem a pena, inclusive no contexto do cangaço. E por que não?!
José Cícero -
Aurora - CE.
www.blogdaaurorajc.blogspot.com
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