Por: Rostand Medeiros
Nos primeiros
meses deste ano de 2012, estava junto com dois amigos viajando da cidade
pernambucana de Palmares em direção a Mossoró, onde teríamos que atravessar o
sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte, para assim chegar ao nosso destino.
Será
o fim do mundo?
Já havíamos
passado por Campina Grande e viajávamos tranquilos pela BR-230, em direção da
cidade de Santa Luzia, antiga porta de entrada para a colonização do Seridó
Potiguar.
Era final da
tarde e eu apertava mais o acelerado apara evitar dirigir muito tempo durante a
noite. Mas em dado momento, surgiu na nossa frente uma verdadeira “parede” de
nuvens, anunciando a chegada de muita chuva. Não tardou e um dilúvio caiu na
estrada, obrigando a ligar os limpadores de para brisa, tirar o pé do
acelerador, ligar faróis, redobrar a atenção e por aí vai.
Tão repentina
como surgiu, a verdadeira massa de água se foi
conforme seguíamos em direção oeste. Mas logo uma situação estranha me chamou a
atenção pelo retrovisor; o horizonte que ficava atrás do meu carro estava
completamente tomado por uma cor avermelhada.
Diante desta
inusitada situação paramos para fazer algumas fotos. Na mesma hora a galera no
carro já ligou aquela visão com a história do fim do mundo em 21 de dezembro de
2012.
Segundo o que
os ditos “especialistas do apocalipse”, as duas da manhã, horário
de Brasilia (não sei se o calculo já é com horário de verão) desta
sexta-feira, começa a transcorrer o ano 5128 do quinto
sol, estabelecido no calendário solar da ancestral cultura maia, cujo fim,
segundo as evidências científicas encontradas em monumentos, esfinges e
placas, prevê “uma mudança de época” para a humanidade.
Será que esta
tal mudança será o fim desse mundo de meu Deus? E a gente vai junto!
Fonte
– http://tele-fe.com
Seguimos
viagem debatendo quantas vezes na nossa vida, em pleno início século XXI, 12
anos após a passagem para o ano 2000, já tínhamos ouvindo falar no fim do
mundo. E no meu caso, mesmo com menos de cinquenta anos de idade, posso lhes
garantir que já ouvi esta história várias vezes.
Nesse caso dos
Maias, até a NASA está tendo que acalmar vários americanos que pensam em
praticar suicídio para não ver o fim do mundo.
Ver
- http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-11-30/nasa-desmente-fim-do-mundo-e-alerta-sobre-suicidios.html
No fim das
contas, durante o trajeto, chegamos à conclusão que somos todos simples
mortais, tanto quanto alguma mísera formiguinha que passe ao seu lado e você
pise nela. A nossa vida é finita, tanto quanto o nosso pequeno planetinha.
Basta o nosso belo Sol acordar um dia de pá virada, começar a inchar, se
expandir, engolindo o nosso planeta em seu processo natural de extinção e isso
tudo aqui vai virar cinzas. O detalhe é que mesmo com toda tecnologia, nós não
poderemos fazer nadica de nada!
Acho que este
lance de calendário Maia, fim de mundo com dia e hora marcada, é o tipo da
coisa que só ajuda produtor de programa de televisão que mostra temas apocalípticos,
ou líder religioso que trabalha com o nosso
eterno medo do que vai nós acontecer na hora que deixarmos este plano.
Bem, mas vai
que os Maias tinham razão!
Então amigos
aproveitem o tempinho que nós resta nesta Terra e vá curtir o restinho da sua
vida junto de quem você ama…
Apenas
um belo pôr do sol.
P. S. – A
tal visão que vimos no interior da Paraíba nada tinha de extraordinário.
Conforme seguíamos em direção oeste, a chuva foi ficando para trás. Após
deixarmos a massa de água, o sol iluminou de forma maravilhosa as nuvens e o
horizonte na direção leste. Apenas um pôr do sol diferente, com uma cor bem
bonita. Isso foi somente um fenômeno natural e a natureza merece ser
contemplada sempre que possível.
O bom mesmo
era que a tal “parede” de chuvas voltasse e molhasse o nosso sertão atingido
por uma seca que vai transformando o interior do Nordeste em um verdadeiro fim
de mundo.
Extraído do blog Tok de História do historiógrafo:
Rostand Medeiros
http://tokdehistoria.wordpress.com
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