Por: José Romero Cardoso
Fotografia
raríssima enviada pelo dileto e estimado amigo Dr. Aldo Lopes de Araújo. Na
foto estão Manoel Lopes Diniz e esposa. Apesar da aparência franzina, Manoel
Lopes Diniz, conhecido pelo apelido de Ronco grosso era uma verdadeira fera humana.
Homem da inteira confiança do "Coronel" José Pereira e de seu
sobrinho e cunhado Marcolino Pereira Diniz, Ronco Grosso se destacou como
importante cabo-de-guerra quando da guerra de Princesa.
Cordelista cantaram-lhe
em versos as façanhas, a exemplo do duelo travado contra oponente que tinha
quase o dobro do seu tamanho. Utilizando técnica aprendida com o cangaceiro
Meia-Noite, Manoel Lopes Diniz conseguiu vencer o adversário em duelo de
punhais, quando ludibriou-o e da mão direita, em um lance rápido e astuto, fez
sua arma branca aparecer quase que por encanto na mão esquerda. O episódio,
conforme relatos de Zacarias Sitônio e Belarmino Medeiros, ocorreu no Maranhão,
enquanto outros dizem ter sido na Bahia. Ronco grosso certamente recebeu do
magistrado de Sousa a incumbência de matar o cangaceiro Meia-Noite, quando este
se encontrava ferido e desprotegido em uma loca de serra no Pau ferrado, nos
Patos de Irerê. Jagunço de Marcolino conhecido por Tocha foi o executor do
cangaceiro que ousou humilhar e ridicularizar em público, da mais nefasta forma
possível, o juiz de Sousa, quando do ataque cangaceiro de 27 de julho de 1924.
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