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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

FOTOGRAFIA RARÍSSIMA

Por: José Romero Cardoso

Fotografia raríssima enviada pelo dileto e estimado amigo Dr. Aldo Lopes de Araújo. Na foto estão Manoel Lopes Diniz e esposa. Apesar da aparência franzina, Manoel Lopes Diniz, conhecido pelo apelido de Ronco grosso era uma verdadeira fera humana. Homem da inteira confiança do "Coronel" José Pereira e de seu sobrinho e cunhado Marcolino Pereira Diniz, Ronco Grosso se destacou como importante cabo-de-guerra quando da guerra de Princesa.


Cordelista cantaram-lhe em versos as façanhas, a exemplo do duelo travado contra oponente que tinha quase o dobro do seu tamanho. Utilizando técnica aprendida com o cangaceiro Meia-Noite, Manoel Lopes Diniz conseguiu vencer o adversário em duelo de punhais, quando ludibriou-o e da mão direita, em um lance rápido e astuto, fez sua arma branca aparecer quase que por encanto na mão esquerda. O episódio, conforme relatos de Zacarias Sitônio e Belarmino Medeiros, ocorreu no Maranhão, enquanto outros dizem ter sido na Bahia. Ronco grosso certamente recebeu do magistrado de Sousa a incumbência de matar o cangaceiro Meia-Noite, quando este se encontrava ferido e desprotegido em uma loca de serra no Pau ferrado, nos Patos de Irerê. Jagunço de Marcolino conhecido por Tocha foi o executor do cangaceiro que ousou humilhar e ridicularizar em público, da mais nefasta forma possível, o juiz de Sousa, quando do ataque cangaceiro de 27 de julho de 1924.

Facebook - José Romero Araújo Cardoso

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