Por: José Mendes Pereira
Quem nasceu nos anos sessenta e setenta, do século passado, com certeza lembra muito bem do Óleo de cozinha que era patenteado por "Pajeú", e na lata tinha uma negrinha.
Este nome "Pajeú" irritou muitos pais de famílias, principalmente quando as suas filhas eram negras, e até causou alguns desentendimentos com outras famílias, que apelidavam suas filhas de "Nêga do Pajeú".
Nas escolas não adiantava uma moreninha querer ser a tal, logo era chamada de "Nêga do Pajeú".
Se a lei contra o racismo tivesse surgido naquelas décadas, todas as moreninhas teriam se livrado do apelido "Nêga do Pajeú".
Certa vez um senhor que sofria com o desrespeito que as pessoas tinham com sua filha, por irritá-la com o apelido de "Nêga do Pajeú", entendendo que não havia mais jeito dela se livrar deste pseudônimo, resolveu incentivá-la, não mais dar valor ao apelido, dizendo-lhe:
- Filha, quando uma ou duas pessoas nos nomeiam com palavras desagradáveis, haverá jeito da gente se livrar disto. Mas quando todos ou quase todos nos chamam disto ou daquilo, o melhor mesmo é não dá ouvido. Eu olhando para você, notei filha, que você muito se parece com a "Nêga do Pajeú".
- Papai!
A partir daquele dia ela não ligou mais, e passou a ser chamada pelo seu seu nome verdadeiro.
UM POUCO SOBRE
OTÁVIO BONFIM E O ÓLEO PAJEÚ - Wikipédia
Otávio Bonfim é um bairro da cidade brasileira de Fortaleza, no Ceará, localizado ao oeste do centro histórico da cidade.
Oficialmente chama-se Farias Brito.
Surgiu de uma povoação ao lado da antiga Estrada para o Soure (atual Caucaia). Na época do Ciclo do Charque existiu: a Capela de São Sebastião, que mais tarde deu o nome ao mercado erguido neste bairro, o Mercado São Sebastião; um abatedouro de gado, que ficou conhecido como Matadouro.
No local da capela, a antiga Estrada do Gado (atual Rua Dr. Justiano de Serpa), os frades Franciscanos oriundos da Alemanha, construíram a Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Com a expansão da Estrada de Ferro de Baturité em 1922 foi construído uma estação de trem com o nome: Quilometro 3, depois Matadouro e finalmente Otávio Bomfim.
A Igreja de Nossa Senhora das Dores, inaugurada em 1932, foi uma parte do investimento dos frades Franciscanos, que além desta construíram ainda o Convento de São Francisco e o Cine Familiar. O Convento de São Francisco chegou a ser invadido por um dia durante a Segunda Guerra Mundial, pois os frades eram alemães. Neste período propriedades de famílias alemãs (família Lundgren), famílias italianas (família de Francesco) e famílias japonesas (família Fugita) ligadas a este local sofreram represálias da população de Fortaleza.
O Cine Familiar funcionou até a década de 60 como opção de lazer para os moradores das adjacências.
Local com atração econômica, chegou a sediar a Siqueira Gurgel S/A. Fábrica que fabricava produtos que marcaram história no Ceará: Sabonete Sigel, o óleo Pajeú, a gordura de coco Cariri e o famoso sabão Pavão. Um dos personagens fictícios destes produtos foi a Neguinha do Pajeú. Nos dias de hoje fica um supermercado.
Devido a suas tradições agrícolas funcionou até a década de 70 jardins que produziam flores. Onde nos dias de atuais situa-se um supermercado.
No mesmo bairro existe a comunidade do Morro do Ouro. Uma comunidade de pessoas menos abastadas.
Surgiu de uma povoação ao lado da antiga Estrada para o Soure (atual Caucaia). Na época do Ciclo do Charque existiu: a Capela de São Sebastião, que mais tarde deu o nome ao mercado erguido neste bairro, o Mercado São Sebastião; um abatedouro de gado, que ficou conhecido como Matadouro.
No local da capela, a antiga Estrada do Gado (atual Rua Dr. Justiano de Serpa), os frades Franciscanos oriundos da Alemanha, construíram a Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Com a expansão da Estrada de Ferro de Baturité em 1922 foi construído uma estação de trem com o nome: Quilometro 3, depois Matadouro e finalmente Otávio Bomfim.
A Igreja de Nossa Senhora das Dores, inaugurada em 1932, foi uma parte do investimento dos frades Franciscanos, que além desta construíram ainda o Convento de São Francisco e o Cine Familiar. O Convento de São Francisco chegou a ser invadido por um dia durante a Segunda Guerra Mundial, pois os frades eram alemães. Neste período propriedades de famílias alemãs (família Lundgren), famílias italianas (família de Francesco) e famílias japonesas (família Fugita) ligadas a este local sofreram represálias da população de Fortaleza.
O Cine Familiar funcionou até a década de 60 como opção de lazer para os moradores das adjacências.
Local com atração econômica, chegou a sediar a Siqueira Gurgel S/A. Fábrica que fabricava produtos que marcaram história no Ceará: Sabonete Sigel, o óleo Pajeú, a gordura de coco Cariri e o famoso sabão Pavão. Um dos personagens fictícios destes produtos foi a Neguinha do Pajeú. Nos dias de hoje fica um supermercado.
Devido a suas tradições agrícolas funcionou até a década de 70 jardins que produziam flores. Onde nos dias de atuais situa-se um supermercado.
No mesmo bairro existe a comunidade do Morro do Ouro. Uma comunidade de pessoas menos abastadas.
Em 2010, a
estação de trem do Otávio Bonfim foi desativada devido ao novo traçado do
Metrofor.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Sou cearense e moro em Belém, fiquei muito contente em rever minha neguinha do pajeú que fez relembrar os belos momentos de minha infância em que minha mãe só usava pajeú, e eu ficava horas e mais horas observando essa linda bonequinha estampada na lata, e é por isso q até hoje eu lembro e faço questão de contar para meus filhos sobre esse óleo.
ResponderExcluirVanda Pereira
Vanda Pereira:Os anos sessenta foi para nós, um início de uma nova vida. Tivemos os mais importantes cantores, a descida do homem à lua, The Beatles, Renato e seus Blue Caps, Leno e Lilian, Vanderley Cardoso, Os Vips, Dolden Boys, Milton César e tudo mais. Sempre gostei da negrinha do Pajeú, linda até demais. Quem sofreu preconceito naquela época, mas hoje tem uma história para contar aos seus filhos. Muito Obrigado pela sua visita e comentário ao nosso blog. Se quiser dar uma passadinha em minha outra página, o endereço é: http://jmpminhasimpleshistórias.blogspot.com José Mendes Pereira - administrador do blog do Mendes e Mendes
ExcluirSou cearense e moro em Belém, eu gostei muito de relembrar da minha neguinha do pajeú e lembrar da minha infância maravilhosa em que minha mãe só usava este óleo, e como eu passava horas e horas olhando para a minha querida bonequinha olhuda da lata, e é por isso que eu sempre fazia questão de contar para meus filhos sobre a neguinha do pajeú
ResponderExcluirVanda Pereira
Bom dia! sou de Belém, e ontem no almoço do dias do pais lembramos da tal "neguinha do Pajeú", que por sinal era meu apelido na escola quando criança. caramba! demos muitas risadas e acabei hoje procurando a ela, para mostrar aos meus filhos e explicar eles o quanto era divertido viver na década passado.
ResponderExcluirSou cearense e ghoje moro em sta catarina. Poh, sempre lembro da nguinha do pajeu, ate brinco com minha netinha hoje mesmo sem ela saber falo tu es a minha neguinha do pajeu, boas lembranças!!!!
ResponderExcluirNão sei por quer mas nos ultimos dias chamei minha filha de neguinha do pajeú ( pois ela estava muito suja de areia )e ela me olhou estranha eu então pesquisei sobre a nequinha e veio muitas lembraças da infância ela é mesmo muito marcante e apelitavamos não só as negrinhas mais as sapeca também.
ResponderExcluirMinha mãe veio me visitar e comentou que usava a lata de oléo pajeu para beber água porque não tinha copo,ralava ela até sair a tampa kkkkkkkk Ela ficou muito feliz com a postagem!! ! Parabéns 🎊
ResponderExcluirDiga a sua mãe Adelaide Galdino, que muito obrigado!
ResponderExcluirMuito bem parabéns !
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