Por: João de Sousa Lima
Quando em 1928
Lampião cruzou o Rio São Francisco saindo de Pernambuco pra Bahia, um dos
primeiros contatos foi com o coronel Petronilio de Alcântara Reis "
Coronel Petro". Petro era o chefe político de Santo Antonio da Glória,
cidade hoje submersa pelas barragens do Rio São Francisco.
Os vários livros contam que a amizade de Lampião com o coronel foi desfeita por que o coronel traiu Lampião, teriam os dois uma sociedade em terras e amimais.
Quando houve a batalha que morreu Ezequiel, irmão mais novo de Lampião, fato acontecido na Baixa do Boi, em Paulo Afonso, Lampião encontrou em um dos bolsos de um policial morto no combate, um bilhete do coronel endereçado ao comandante da volante e o bilhete falava dos esconderijos dos cangaceiros.
Lampião arquitetou sua vingança incendiando em torno de 18 fazendas do coronel. Começando de Glória, cruzando o Raso da Catarina, Lampião tocava fogo e matava os animais.
Dessas fazendas a única que permanece de pé é a fazenda Paus Pretos. Antes Paus pretos pertencia a cidade de Curaçá e hoje pertence a Chorrochó. Em Paus Pretos ainda resta os tornos de madeira com marcas escuras do fogo.
A fazenda é administrada por Paulo Reis, neto do coronel. Nas cheias forma-se um açude com sete quilômetros de extensão, no momento o
açude encontra-se seco. Na casa sede da fazenda Lampião prendeu o vaqueiro
Agostinho e o fez entrar dentro do curral e pegar na mão um cavalo e o vaqueiro
conseguiu depois de muito trabalho. Os cangaceiros tiraram madeiras do curral e
tocaram fogo na casa, quando o fogo começou a tomar os compartimentos da
residência um papagaio começou a gritar: Olhe o fogo Maria. Maria, Maria, olhe
o fogo. Lampião mandou um cangaceiro entrar na casa, atravessar o fogo e salvar
o papagaio. O curral foi todo queimado e os animais mortos.
Açude
da fazenda Paus Pretos com apenas um córrego de água.
A
casa sede da fazenda Paus Pretos. Dentro ainda encontramos dois tornos com
marcas do fogo.
Um
dos tornos com marcas do fogo.
Sebastião
Carvalho, Paulo Reis (Neto do coronel Petro) e João de Sousa Lima (que mostra
um dos tornos)
Detalhe
do torno queimado.
Um
dos tornos queimados.
João de Sousa Lima e Paulo Reis
O
curral queimado pelos cangaceiros
Nesse
açude os cangaceiros mataram vários animais.
Enviado pelo escritor e pesquisador do Cangaço João de Sousa Lima
http://www.joaodesousalima.com
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