Os cangaceiros foram donos de uma riqueza vocabular própria, mais rica que os
manjados termos a eles associados, como "volante" (equipe móvel de
perseguição policial) e "macaco" (soldado).
Para Fernandes e Araújo,
muitos termos usados pelos bandos não eram conhecidos do sertanejo comum e
formavam um jargão militar próprio.
Com o fim do movimento, parte dos termos
passou a ser usado de maneira corrente no sertão. Nem sempre de forma duradoura
- algumas palavras terminaram esquecidas, como "gargulina" (enjoo),
"desaprecatado" (desprevenido), "jabiraca" (lenço de
pescoço).
Para
Pernambucano de Mello, a estética do cangaço tornou o cangaço um mito
primordial brasileiro. Em sua opinião, os cangaceiros não eram criminosos
comuns, que tentam se misturar ao ambiente para não serem notados.
Não se
camuflavam, nem se escondiam: faziam do estardalhaço visual, e verbal, seu
cartão de visita.
Fonte: facebook
Página: Humberto Silva
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