Caríssimo(a)s.
Será hoje, em Campina Grande, que Rômulo Nóbrega e José Batista convidam todo(a)s PRA DANÇAR E XAXAR NA PARAÍBA, no lançamento do livro biografia de ROSIL CAVALCANTI.
Vejam capa e release anexos.
Quem, que nem eu por motivos de trabalho, não puder estar presente ao lançamento, poderá solicitar seu exemplar a um dos autores, pelo e-mail abaixo:
Rômulo Nóbrega <romulocn@gmail.com>
Terão
informações de preço (livro+taxa dos correios) e forma de pagamento.
Saudações musicais a todo(a)s.
Saudações musicais a todo(a)s.
DIVULGAÇÃO
PRA DANÇAR E
XAXAR NA PARAÍBA
Biografia do
genial compositor Rosil Cavalcanti de Sebastiana é lançada no ano do seu
centenário de nascimento, em 2015
Radialista,
humorista, percussionista, renomado compositor pernambucano, radicado na
Paraíba, autor de obras clássicas da música popular brasileira de todos os
tempos, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, e outros
intérpretes nacionais, o compositor Rosil Cavalcanti tem, finalmente, a sua
biografia publicada neste ano de 2015 do seu centenário de seu nascimento, 47
anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande,
onde vive a maior parte de sua vida e se projeta no Brasil.
O livro Pra
Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti, da dupla de autores
Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, prefácio de Agnello Amorim, 444 páginas,
editado gráfica Marcone, vai ser lançado neste dia 1º de outubro, 20h00, quinta-feira,
custa R$ 50,00, no clube do Sesi – antigo BNB Clube – no bairro do Catolé, em
Campina Grande (PB), com a presença de jornalistas, autoridades, artistas,
pesquisadores e admiradores em geral do imortal radialista e compositor. O
ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco Cavalcanti, primo do biografado,
autor do posfácio do livro, representa a família Cavalcanti no lançamento.
A obra inicia
com a morte prematura do compositor, em 1968, no auge do sucesso, aos 53 anos
de idade, comovendo Campina Grande e o Nordeste, prosseguindo,
cronologicamente, o minucioso relato da vida e obra de Rosil de Assis
Cavalcanti. Nascido em 20 de dezembro de 1915, no engenho Zabelê, no atual
município de Macaparana (PE), desde a infância e juventude participa das moagens
de cana, fabrico de rapadura, de açúcar, cachaça, ouve estórias do povo, as
cantadeiras de novenas, emboladores de coco, violeiros, participa de sambas
(forrós).
Em sua
adolescência estuda nos melhores colégios recifenses, nos anos de 1930,
destacando-se nas atividades artísticas e no jeito brincalhão e espirituoso.
Anos depois ingressa no 22º Batalhão de Caçadores do Exército, em João Pessoa
(PB), onde permanece durante nove meses. Rosil assume emprego público em
Aracaju (SE), em 1937, no setor à agricultura, onde atua na vida esportiva
(vôlei, atletismo) e na vida artística da cidade, participando de programa de
variedades em dupla caipira parodiando um turco.
Desde 1941,
exerce a atividade de classificador de algodão na Paraíba, onde realiza as primeiras
investidas na Rádio Tabajara, de João Pessoa, cantado e improvisando emboladas.
Em período de estágio em Fortaleza (CE), de classificador de algodão, Rosil
Cavalcanti envolve-se com o meio artístico da cidade, atuando como
percussionista do conjunto Os Vocalistas Tropicais.
De volta a
João Pessoa, retoma o emprego e a atuar na Rádio Tabajara, onde o seu primeiro
frevo-canção, Assunto Novo, é orquestrado pelo maestro da banda Jazz Tabajara,
Severino Araújo. Entre músicos e cantores do time da famosa emissora paraibana
desse tempo (1947), o percussionista Jackson do Pandeiro, com quem Rosil
Cavalcanti estreou a dupla caipira-humorista Café com Leite, se consagrando no
teatro de variedades da emissora.
É transferido
para a cidade de Pombal (PB), em 1947, para dirigir o posto de fiscalização de
produtos agropecuários local. Finda sendo contratado de uma grande indústria de
óleo de oiticica (BOSA), onde participa ativamente da vida social e artística
pombalense, animando festas no clube da empresa, atuando na difusora de
alto-falantes Tupã, exibindo música, noticiário, e se envolvendo nas contendas
políticas, o motivo da agressão sofrida, e a razão da mudança do casal
Rosil-Nevinha para Campina Grande (1950).
Rosil
Cavalcanti logo se integra ao meio radiofônico campinense, mantendo programas
“quentes efervescentes, polêmicos”, isto durante dezoito anos até sua morte
(1968), tanto na Rádio Cariri, Forró de Zé Lagoa; como na Rádio Caturité, Zum
Zum da Cidade, Radar; principalmente na Rádio Borborema, a Escolinha do Nicolau,
a segunda fase do Forró de Zé Lagoa. Devido a atuação corajosa nesses
programas, Rosil sofreu desafetos de políticos, autoridade policial, até de
vereadores, mas o seu personagem Capitão Zé Lagoa agradava enorme público
regional ouvinte.
“Cômico e
crítico [Rosil Cavalcanti], ora estava fazendo o povo rir, cantar, brincar,
dançar, ora provocando polêmicas, denunciando situações erradas, dando suas
opiniões, fazendo seus comentários como âncora, algo inusitado para a época”,
consideram os autores do livro Pra Dançar e Xaxar na Paraíba.
O seu mais
famoso programa, o Forró do Capitão Zé Lagoa, criado, animado, responsabilizado
e apresentado por Rosil Cavalcanti, na Rádio Borborema, foi ao ar até um dia
antes de sua morte (1968), com enorme audiência na Região Nordeste, repleto de
personagens, misturando humorismo, notícias de utilidade pública, poemas,
canções nordestinas, improvisos, dialogando com o ouvinte rural, em linguagem
simples, misturando improvisos e piadas.
Rosil
Cavalcanti cria o conjunto musical o Forró de Zé Lagoa, com variada formação de
instrumentistas nos anos, participando do programa na Rádio Borborema, se
apresentando em festas juninas, clubes e turnês pela Paraíba.
“O livro Pra
Dançar e Xaxar na Paraíba tem como foco Rosil Cavalcanti, no entanto abrange
personagens que estiveram ao seu lado compondo, tocando, cantando, caçando e
até mesmo fazendo raiva, levando ele a explodir. Pessoas com valores
inestimáveis e quase na totalidade no anonimato, a maioria artistas locais que
agora levamos à tona ao lado do biografado, fazendo assim justo
reconhecimento”, escreve Rômulo Nóbrega na Apresentação do livro.
O
compositor de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga
O convívio de
Rosil Cavalcanti com o meio artístico nacional, através da poderosa Rádio
Borborema (muitos astros da época se apresentavam no auditório da emissora)
favorece a sua projeção como compositor, desde o ano de 1953, quando a
acordeonista Dilú Melo vem em a Campina Grande, a quem ele entrega as músicas Meu
Cariri e Sebastiana. A primeira gravada pela cantora Ademilde Fonseca, com a
intromissão indevida de autoria da acordeonista, para a fúria do verdadeiro
autor Rosil. A segunda obra seria lançada por Jackson do Pandeiro, logo se
tornando sucesso nacional.
Daí em diante,
Rosil Cavalcanti se consagra autor e coautor de muitos sucessos na voz de
Jackson do Pandeiro e outros intérpretes famosos. Além de Sebastiana, Boi Brabo,
Moxotó, Coco do Norte, Cabo Tenório, Coco Social, Quadro Negro, Na Base da
Chinela, Forró do Zé Lagoa.
A cantora
Marinês teria o seu destino artístico selado graças às obras de Rosil
Cavalcanti, inspiradas no drama da seca – Meu Cariri, Aquarela Nordestina.
O compositor
participa tardiamente da discografia de Luiz Gonzaga, na década de 1960, com
vários grandes sucessos, Ô Veio Macho, Festa do Milho, Amigo Velho, e a toada
clássica Tropeiros da Borborema, Aquarela Nordestina.
Muitos outros
artistas de todo Brasil gravaram as músicas de Rosil, entre eles, Genival
Lacerda, Zé Calixto, Gal Costa, Trio Nordestino, Teixeirinha, Elba Ramalho e
outros intérpretes. (Xico Nóbrega).
Rica
iconografia
O livro Pra
Dançar e Xaxar na Paraíba, 444 páginas, é enriquecido com vasta iconografia do
biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em
programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de
imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e
pescarias, capas e selos de discos. Toda essa iconografia bem identificada e
datada (XN)
Dona Nevinha
Rosil
Cavalcanti tem grande amor de sua vida na paraibana Maria das Neves Coura
(Nevinha), com quem se casa (1948), e convivem vinte anos, sem filhos, e com
quem trocou vasta correspondência de namorados e noivos, boa parte compondo o
livro Pra Dançar e Xaxar na Paraíba. (XN)
Curiosidades
A formação
original da dupla Café com Leite, Jackson do Pandeiro e Zé Lacerda (irmão do
cantor Genival Lacerda se dera em Campina Grande.
Rosil teve
como hobby a vida inteira caçar e pescar, sobretudo na região do Cariri
paraibano, donde extraiu motivação para compor obras como Meu Cariri e Aquarela
Nordestina.
Generoso,
temperamental, irascível quando contrariado, até mesmo por um animal ele, embora
explosivo, logo se arrependia, não raro chorando.
O personagem
Zé Lagoa, que deu nome ao seu famoso programa de rádio, existiu de fato, era o
feitor de cachaça do engenho do pai de Rosil.
Para aumentar
a suas parcas rendas, o salário do emprego público e o ganho com publicidade no
rádio, Rosil chegou a possuir um fiteiro.
Houve uma
composição de Rosil Cavalcanti – Hotel de Zeferino – nunca gravada, cujo disco
foi quebrado em quadro do programa de televisão de Flávio Cavalcante, por se
referir à mulher “pilantra e vigarista”.
A toada Tropeiros
da Borborema é uma homenagem ao centenário de Campina Grande (PB), em 1964. O
autor da letra é advogado, poeta, tribuno e homem público Raimundo Asfora,
embora o seu nome não figure no selo do disco.
(XN)
Os autores do
livro
Os autores de
Pra Dançar e Xaxar na Paraíba, um é paraibano de Campina Grande (Rômulo
Nóbrega), o outro pernambucano do Recife (José Batista Alves). O primeiro
ex-funcionário do Banco do Brasil, hoje empresário do ramo de cortinados. O
segundo funcionário da Prefeitura recifense. Ambos casados, pais de famílias,
pesquisadores e colecionadores natos da música popular brasileira de origem
nordestina. Zé Batista é a maior autoridade brasileira em discografia de Luiz
Gonzaga, Rei do Baião.
Os autores do
livro Rômulo Nóbrega e José Batista Alves consultaram inúmeros arquivos
públicos e privados, do Ceará ao Rio Grande do Sul, e entrevistaram dezenas de
personagens que participaram de algum modo da vida de Rosil, a exemplo das
cantoras Dilú Melo, Ademilde Fonseca, e muitos outros músicos e cantores.
(XN)
*Locais -
Personagens - Afins de Rosil em Campina: o prédio da Rádio Borborema, no
Calçadão, o local da casa onde ele morou – enfrente ao antigo Posto Futurama -
os Clubes que ele freqüentou: Caçadores, Ypiranga. O seu tumulo no Monte Santo.
Ainda há personagens seus contemporâneos do programa e do conjunto Forró de Zé
Lagoa: Ari Rodrigues, Duduta, Severino Medeiros, e outros. Enfim o cantor Biliu
de Campina é o grande intérprete das obras de Rosil Cavalcanti gravadas por
Jackson do Pandeiro.
Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dantas.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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