Por Norman Lopes Araújo
Coronel José
Pereira e seu estado maior
A Travessia –
Zona Rural de Manaíra, distante 12 quilômetros da Sede – ainda tem rastros e
marcas dos cangaceiros. Conta-se que Lampião e seu bando costumavam passar por
essas bandas, o caminho mais próximo até chegar à antiga Misericórdia, hoje,
cidade de Itaporanga, nas cercanias do Vale do Rio Piancó.
Com o fim da
Guerra de Princesa, Lampião se aboletara próximo ao Povoado de Patos de Irerê e
resolveu tirar algum proveito do pouco que restara do maior conflito armado do
século, a chamada Revolta de Princesa.
Cícero Bezerra
da Travessia, considerado homem forte do grupo de Zé Pereira, recebeu a mando
de Lampião um bilhete no mínimo desaforado: diga a Cícero que mande alimentos,
armas e dinheiro. Cícero abandonou o prato de leite e cuscuz e convidou o
emissário a acompanhá-lo:
– Estás vendo
essa dispensa cheia de alimentos, e esse montão de dinheiro e armas? Tudo é meu
e dou a quem eu quero. Agora volte e diga ao capitão que só os entrego a ele,
pessoalmente.
A notícia se
espalhou nos arredores e algumas horas depois, 250 homens amigos de Cícero e
remanescentes das trincheiras “perrepistas” vieram ao aguardo do Rei do
Cangaço. Cícero morreu muitos anos depois sem ver a cara do malfeitor.
Norman Lopes
Araujo
Princesa Isabel
- Pb
OBS: (Contada
por Odom Bezerra, filho de Cícero à reportagem Folha de Princesa) sob
minha editoria de notícias.
http://cariricangaco.blogspot.com.br/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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