Por Cristiano Ferraz
Denis
Carvalho, Leonardo Gominho, Marcos de Carmelita, João de Sousa Lima, Cristiano
Ferraz e Manoel Severo; o Cariri Cangaço chega a Floresta.
Floresta é,
indiscutivelmente, uma cidade cuja história está intrinsecamente ligada à do
cangaço. Suas terras foram palcos de lutas onde seus filhos foram atores de
destaque. Como se pode falar em cangaço sem citar a questão entre Cassimiro
Gomes da Silva (o lendário Cassimiro Honório) e Zé de Souza? E os
desentendimentos entre Lampião (e seus irmãos Antônio e Livino) e os moradores
da vila de Nazaré (praticamente uma só família)?
Em Floresta
surgiram nomes de volantes conhecidos por sua bravura e tenacidade no combate
ao cangaceirismo. Nomes como os filhos de João Flor: Manoel, Odilon e Euclides
(citando apenas três), Antônio Gomes Jurubeba com os seus Pedro e João Gomes de
Lira. Manoel Neto, Hercílio Nogueira, David e João Jurubeba, os irmãos Tomaz, e
toda uma geração de rapazes que se dedicaram à árdua tarefa de trazer de volta
a paz e a segurança ao povo sertanejo.
Esses nomes acima citados, fizeram parte da chamada Volante dos “Cabras de Nazaré”. Assim como eles, dezenas de florestanos “queimaram” sua mocidade no que Frederico Pernambucano de Mello chamou de “Guerra do Sol”. Entre esses gostaríamos de destacar três:
Esses nomes acima citados, fizeram parte da chamada Volante dos “Cabras de Nazaré”. Assim como eles, dezenas de florestanos “queimaram” sua mocidade no que Frederico Pernambucano de Mello chamou de “Guerra do Sol”. Entre esses gostaríamos de destacar três:
José Freire da
Silva
José Freire da
Silva, o Zé Freire, que entre tantas outras missões participou ativamente com
inigualável bravura, no chamado fogo do Mundé, onde foram mortos os cabras
Sabiá e Zé Marinheiro. Nesse renhido combate pereceu também o comandante da
Força, o anspeçada Manoel Gomes de Sá Filho (Sinhozinho).
Zé Freire
estava também entre os poucos que se atreveram a, junto com Manoel Neto, dar
apoio aos Gilos na fazenda Tapera, atacada por Lampião e cerca de cem
cangaceiros em agosto de 1926. Mesmo a contragosto do comandante Antônio Muniz
de Farias.
José Rodrigues
de Souza, Seu Dé, pelos anos de serviço dedicados às Forças Volantes, com
destaque para o combate onde, ao lado do então Sargento Euclides de Souza
Ferraz (o Euclides Flor), na escuridão da noite foi ferido no braço. Esse
combate se deu contra o grupo do cangaceiro Moreno em abril de 1938, três meses
antes da morte de Lampião no coito do Angico em Sergipe.
Manoel Polmata
Manoel Joaquim
de Souza, o Manoel Polmata; pelos longos anos dedicados a essa luta desigual,
muitas vezes acompanhando Manoel Neto, até mesmo no estado da Bahia. Manoel
Polmata esteve presente, inclusive no duro combate da Serra Grande em novembro
de 1926. Ali, foi um dos que ajudaram a retirar o comandante baleado nas duas
pernas para local seguro, livrando-o da morte certa, sangrado “a ferro frio”
pelos cangaceiros de Lampião.
Assim como Zé
Freire, Seu Dé e Manoel Polmata, poderíamos citar diversos outros nomes de
pessoas que com sua bravura colaboraram com a difícil tarefa de combater o
cangaço. Esses com certeza estão para sempre escritos nos anais da história de
Pernambuco. Mas deixemos para depois, agora é reforçar o convite para vir a
Floresta no grande Cariri Cangaço Floresta, de 26 a 29 de maio deste 2016.
Cristiano
Ferraz
Pesquisador e
Escritor
Floresta,
Pernambuco.
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/04/estes-bravos-de-floresta-porcristiano.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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