Não se
têm notícia de morte violenta na fábrica localizada em Pedra, exceto uma, a do
próprio Coronel Delmiro. Em 10.10.1917, às 9 horas da noite, quando estava na
sua varanda lendo jornal, Delmiro foi alvejado com três tiros, um dos quais lhe
acertou o coração. Três pistoleiros foram detidos e, sob tortura,
incriminaram dois mandantes, que nunca foram presos, um dos quais por ter
imunidade parlamentar. Dois outros suspeitos de encomendar o crime incluíam o
pai de uma jovem que Delmiro seduzira e um amigo de Rosa e Silva, o
vice-presidente que foi agredido pelo coronel.
Contudo, ficou
sempre no ar uma suspeita, a de que Delmiro Gouveia tivesse sido assassinado a
mando de seus concorrentes ingleses, mais precisamente da multinacional textil
Machine Cottons. Não havia dúvida de que o crescimento do negócio de Delmiro
incomodava esta empresa estrangeira. Os ingleses chegaram a boicotar os
comerciantes que comprassem as linhas Estrela. A Machine Cottons tinha feito
várias propostas de compra da fábrica de Pedra e sempre tendo resposta negativa
da parte do Coronel Delmiro. Contudo, nenhuma prova do envolvimento da
multinacional foi encontrada nos tiros que vitimaram o empresário. A
fábrica continuou prosperando até 1924, quando passou para os três filhos de Delmiro
Gouveia.
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