Por CICERO AGUIAR FERREIRA
O
Sebastianismo surgiu em Portugal no século XVI, depois da morte de D. Sebastião
Rei Português, que desapareceu durante a batalha de Alcácer-Quibir, em 1578,
território hoje onde fica localizado o Marrocos. Com a morte do Rei
aventureiro, o povo português inconformado com desaparecimento de D. Sebastião,
criaram a crença sebastianista, onde segundo eles, o rei um dia voltaria para
trazer felicidade a seu povo. No século XIX, surge na localidade de Serra
Formosa em São José do Belmonte-PE, um seguidor desse messianismo chamado João
Antônio. João Antônio em posse de um folheto de cordel e algumas pedras
preciosas, que dizia ter encontrado na Lagoa Encantada situada na região da
Pedra Bonita, pregava que o reino de D. Sebastião iria desencantar naquela
localidade, e aqueles que o acompanhassem seriam contemplados quando o reino
desencantasse. Com essa história, conseguiu juntar muitos seguidores que se
estabeleceram na localidade
Pedra Bonita, hoje Pedra do Reino. Essa pregação
deixou os proprietários de terras daquela região preocupados, e através do
padre Francisco Correia de Albuquerque, conseguiram convencer o fanático João
Antônio a abandonar a região. Com a saída de João Antônio, toma o seu lugar o
seu cunhado João Ferreira, que radicalizou ainda mais o movimento, introduzindo
alguns hábitos e normas. Os homens podiam casar com várias mulheres, proibiu à
higiene pessoal, era proibido lavar as roupas, a alimentação era pouca, muita
bebida, dançavam e rezavam muito, ficando conhecido como “um rei louco, cruel e
sanguinário”. Foi a partir do reinado de João Ferreira que começou o sacrifício
de pessoas. Entre os dias 14 e 17 de maio de 1838, 53 pessoas foram mortas, com
o sangue dos sacrifícios lavarem as pedras, e assim desencantar o reino de D.
Sebastião. A notícia do massacre das pessoas na localidade de Pedra Bonita
chega até o Comandante Superior MANOEL PEREIRA DA SILVA, no dia 18 de junho do
mesmo ano, Manoel juntou sua tropa e foi desalojar os fanáticos. Somando os que
morreram sacrificados por ordem do fanático João Ferreira, e na desocupação,
cerca de 90 pessoas tombaram sem vida naquela localidade. O Comandante MANOEL
PEREIRA DA SILVA saiu ferido, e dois dos seus irmãos, ALEXANDRE PEREIRA DA
SILVA, CIPRIANO PEREIRA DA SILVA morreram na luta. O Tenente Cel. “conhecido
revolucionário” SIMPLÍCIO PEREIRA DA SILVA, tendo conhecimento da batalha que
os irmãos enfrentavam contra os fanáticos, dirigiu-se a localidade, dando o
desfecho final à batalha.
CICERO
AGUIAR FERREIRA
Fonte: Tok de História, genealogia Pernambucana.
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