Autor Evaristo Geraldo
A
ÁRVORE DE TODOS OS FRUTOS
(Lenda Indígena)
Autor: Evaristo Geraldo
A cultura indígena é
Rica em manifestações.
Suas lendas, seus costumes
Transmitem belas lições,
Valores que são seguidos
Pelas novas gerações.
Os índios são detentores
De grande sabedoria,
Povo que sabe o real
Conceito de ecologia,
Pois junto à mãe natureza
Convivem em harmonia.
Para exaltar esse povo
Audaz, honesto e guerreiro,
Eu vou contar uma lenda,
Confirmando esse roteiro
De enaltecer a cultura
Do nativo brasileiro.
Antes de aportarem aqui
Os europeus invasores,
Já moravam nessas terras
Seus legítimos defensores:
A grande nação indígena,
Os nativos moradores.
Dizem que lá em Roraima,
Bem no topo da montanha,
Tinha um lago cristalino,
Refletindo a forma estranha
Da deusa Lua chorando
Numa tristeza tamanha.
A deusa Lua vivia
Angustiada, abatida,
Pois amava o astro-rei,
E por ele era querida.
Mas a distância impedia
Essa paixão desmedida.
Esse lago cristalino
Refletia a frustração
Da Lua, que amava o Sol,
Mas não tinha condição
De se unir ao astro-rei,
Consumando essa paixão.
Pois quando o Sol despontava
Na linha do horizonte,
A Lua já tinha ido
Se esconder atrás dum monte.
Por milênios, o Sol viveu
Sem da Lua ver a fronte.
Lua e Sol já não brilhavam
Da mesma forma de antes,
Sendo as noites mais escuras
E os dias mais ofuscantes.
Tudo isso porque eles
Não podiam ser amantes.
A Mãe Natureza, vendo
Desse casal o dilema,
Decidiu entrar no caso
E montou um belo esquema
Para que o Sol e a Lua
Resolvessem o problema.
A Natureza foi sábia
E um grande eclipse gerou.
Dessa forma, o astro-rei
Com a Lua se encontrou,
E aquela imensa paixão
Entre os dois se consumou.
Sol e Lua se encontraram
Sobre o lago cristalino.
O encontro foi marcante,
Belíssimo, quase divino,
E, das fagulhas do enlace,
Nasceu um belo menino.
Um curumim emergiu
Lá das águas cristalinas.
Então o Sol se ocultou
Por trás das altas colinas.
Nessa hora, no horizonte,
Surgem sombras vespertinas.
Nessa noite, a deusa Lua
Surgiu cheia, com mais brilho.
Percorreu toda amplidão
Com graça, sem empecilho,
E seus raios afagaram
Durante a noite o seu filho.
Nasceu no monte Roraima
Essa criança imponente,
Nas terras dos Macuxis,
Raça de um povo valente
Que valoriza a natura,
Seus costumes, sua gente.
O curumim foi chamado
Então de Macunaíma.
Esse menino gostou
Do nosso terrestre clima.
E, assim, crescia saudável,
Munido de autoestima.
Esse curumim cresceu
Tendo benéficos cuidados
Da Lua e do astro-rei,
Dois seres iluminados.
Esses luzeiros regiam
Os nossos antepassados.
O curumim recebeu
Dos seus pais grande suporte,
E, ao crescer, se tornou
Guerreiro de belo porte.
Mas se destacou por ser
Honesto, valente e forte.
Próximo ao monte Roraima,
Diz a lenda que existia
Uma árvore exuberante,
De inigualável valia,
Pois todos os frutos do mundo
Essa árvore produzia.
(Lenda Indígena)
Autor: Evaristo Geraldo
A cultura indígena é
Rica em manifestações.
Suas lendas, seus costumes
Transmitem belas lições,
Valores que são seguidos
Pelas novas gerações.
Os índios são detentores
De grande sabedoria,
Povo que sabe o real
Conceito de ecologia,
Pois junto à mãe natureza
Convivem em harmonia.
Para exaltar esse povo
Audaz, honesto e guerreiro,
Eu vou contar uma lenda,
Confirmando esse roteiro
De enaltecer a cultura
Do nativo brasileiro.
Antes de aportarem aqui
Os europeus invasores,
Já moravam nessas terras
Seus legítimos defensores:
A grande nação indígena,
Os nativos moradores.
Dizem que lá em Roraima,
Bem no topo da montanha,
Tinha um lago cristalino,
Refletindo a forma estranha
Da deusa Lua chorando
Numa tristeza tamanha.
A deusa Lua vivia
Angustiada, abatida,
Pois amava o astro-rei,
E por ele era querida.
Mas a distância impedia
Essa paixão desmedida.
Esse lago cristalino
Refletia a frustração
Da Lua, que amava o Sol,
Mas não tinha condição
De se unir ao astro-rei,
Consumando essa paixão.
Pois quando o Sol despontava
Na linha do horizonte,
A Lua já tinha ido
Se esconder atrás dum monte.
Por milênios, o Sol viveu
Sem da Lua ver a fronte.
Lua e Sol já não brilhavam
Da mesma forma de antes,
Sendo as noites mais escuras
E os dias mais ofuscantes.
Tudo isso porque eles
Não podiam ser amantes.
A Mãe Natureza, vendo
Desse casal o dilema,
Decidiu entrar no caso
E montou um belo esquema
Para que o Sol e a Lua
Resolvessem o problema.
A Natureza foi sábia
E um grande eclipse gerou.
Dessa forma, o astro-rei
Com a Lua se encontrou,
E aquela imensa paixão
Entre os dois se consumou.
Sol e Lua se encontraram
Sobre o lago cristalino.
O encontro foi marcante,
Belíssimo, quase divino,
E, das fagulhas do enlace,
Nasceu um belo menino.
Um curumim emergiu
Lá das águas cristalinas.
Então o Sol se ocultou
Por trás das altas colinas.
Nessa hora, no horizonte,
Surgem sombras vespertinas.
Nessa noite, a deusa Lua
Surgiu cheia, com mais brilho.
Percorreu toda amplidão
Com graça, sem empecilho,
E seus raios afagaram
Durante a noite o seu filho.
Nasceu no monte Roraima
Essa criança imponente,
Nas terras dos Macuxis,
Raça de um povo valente
Que valoriza a natura,
Seus costumes, sua gente.
O curumim foi chamado
Então de Macunaíma.
Esse menino gostou
Do nosso terrestre clima.
E, assim, crescia saudável,
Munido de autoestima.
Esse curumim cresceu
Tendo benéficos cuidados
Da Lua e do astro-rei,
Dois seres iluminados.
Esses luzeiros regiam
Os nossos antepassados.
O curumim recebeu
Dos seus pais grande suporte,
E, ao crescer, se tornou
Guerreiro de belo porte.
Mas se destacou por ser
Honesto, valente e forte.
Próximo ao monte Roraima,
Diz a lenda que existia
Uma árvore exuberante,
De inigualável valia,
Pois todos os frutos do mundo
Essa árvore produzia.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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