OS PONTÕES
Originalmente, conhecidos como Negros dos Pontões, eles exibem-se em dois cordões, o encarnado e o azul. O grupo mora na zona rural, sendo constituídos quase todos da mesma família. Na cabeça usam chapéu de palha, enfeitados de fitas coloridas. Trazem lanças (Pontões) terminadas em maracás, enfeitados de fitas multicoloridas. Os Pontões usam lanças tanto para abrir caminho na multidão durante a procissão, quanto para fazer exibições na dança e, sobretudo para marcar, com o rufar dos maracás, o ritmo de suas músicas.
O acompanhamento
é feito por uma banda cabaçal, constituída de tambor, pratos, fole e o pífano,
além dos maracás das lanças. Os Pontões não cantam. No sábado que precede o
domingo da procissão, alguns membros da confraria do Rosário percorrem feira de
rua da cidade angariando donativos que serão destinados a conservação e
manutenção da velha igreja. Esses membros da Confraria geralmente estão
acompanhados dos Negros dos Pontões, os quais danças e bebem cachaça, e, com
suas lanças enfeitadas de fitas coloridas, colocam as lanças nos ombros ou na
cabeça das pessoas, nas solicitações de dinheiro em benefício da Santa do
Rosário.
Verneck Abrantes
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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