Por Assessoria
De Comunicação - FONTE: http://aduern.org.br/index.php/2018/02/26/governo-demonstra-total-indisposicao-para-iniciar-negociacao-com-servidores-da-uern/
ADUERN,
Sintauern, DCE, Reitoria e representantes dos comandos de greve técnico e
docente, participaram, na manhã de hoje (26) de audiência com o Governo do
Estado, que novamente afirmou não ter nenhuma proposta para os servidores e
servidoras, que amargam o atraso no pagamento dos salários de Janeiro,
Fevereiro e do 13º de 2017.
Para a chefa
de Gabinete do RN, Tatiana Mendes Cunha, não há nenhum motivo para que os
servidores da UERN estejam em greve, uma vez que a situação caótica do estado
tem atingido todas as outras categorias e que o tratamento relegado à
universidade não é diferente do que outros trabalhadores e trabalhadoras do
funcionalismo público estadual vêm recebendo.
“Não há nenhum
tratamento diferenciado com a UERN, ela está recebendo nos mesmos moldes que
outras categorias à exceção da segurança, que teve tratamento diferenciado. A
saúde está sendo paga graças a um recurso federal, que tem garantido os
salários dos ativos em dia. A educação básica tem recebido graças aos recursos
do FUNDEB. Faço esta reunião como um apelo para que a UERN acabe com esta
greve. Não concordamos que haja motivos para continuar um movimento deste por
tanto tempo. Ninguém deve ficar tanto tempo sem trabalhar” afirmou a
Secretária.
A presidenta
da ADUERN, Rivânia Moura rebateu a fala de Tatiana lembrando que nenhum
trabalhador, de qualquer categoria, pode ser obrigado a trabalhar sem receber
salários. Rivânia destacou o documento conjunto elaborado pela Reitoria ADUERN,
SINTAUERN e DCE que demonstra a preocupação e a responsabilidade com a
Universidade bem como a disposição para o diálogo com o governo.
Ressaltou que
o apelo deve ser feito para o governo e que não há possibilidade de encerrar o
movimento grevista sem que haja uma proposta coerente para os servidores da
universidade.
O Presidente
do SINTAUERN, Elineudo Melo, rebateu o apelo feito pela chefa de gabinete
mostrando que diariamente recebe apelo dos técnicos da universidade, que, em
função dos atrasos salariais tem tido dificuldades para garantir necessidades
básicas como transporte e alimentação.
“Não
pensávamos que estaríamos hoje lutando para receber nossos salários. Nossa
expectativa era que receberíamos janeiro e fevereiro em dia. Não vamos sair
daqui e pedir para a categoria voltar a trabalhar sem seus salários, temos servidores
que estão pagando para trabalhar” destacou o Presidente do Sintauern,
Elineudo Mello.
A estudante
Glisiany Plúvia, que preside o DCE da UERN, foi enfática em afirmar que os
estudantes querem o fim do movimento grevista, mas que isso não pode
acontecer antes que os salários dos servidores sejam pagos e as bolsas
estudantis sejam garantidas. Ela lembrou que a luta em defesa da universidade é
cotidiana e o descaso do Governo é um verdadeiro inimigo para o funcionamento
da instituição.
“Eu queria
estar estudando. Não queria estar numa reunião com um Governo que não apresenta
nenhuma proposta. Quem estuda na UERN sabe que lutamos cotidianamente por uma
série de coisas: condições de estudo, melhorias na estrutura, bolsas estudantis
em dia, segurança. Como o Governo diz se preocupar com a greve e os impactos
dela no SISU se não apresenta nenhuma alternativa que resolva esta crise?”
questionou a Presidenta do DCE Glisiany Pluvia
O Reitor da
UERN, Pedro Fernandes, também foi taxativo na defesa do movimento grevista.
Ele lembrou que em algum momento tentou dialogar com as categorias para que o
movimento fosse encerrado, mas a crise se tornou tão aguda e agressiva na vida
dos servidores da UERN, que é impossível retornar aos postos de trabalho sem
nenhuma proposta para as categorias.
“ Em algum
momento chegamos a pedir o fim da greve, mas não tem como. É impossível chegar
para os professores e para os técnicos e pedir que voltem a trabalhar sem
nenhuma proposta que coloque os salários em dia. Não tem como pedir que um
servidor trabalhe sem receber. Esperamos a sensibilidade do Governo para que
encontre uma alternativa para esta situação” destacou o Reitor Pedro Fernandes,
lembrando que foi enviado um ofício unificado dos segmentos da universidade ao
Governo cobrando uma proposta que resolva a crise.
Participaram
da audiência também, o dirigente do Sindicato Nacional dos Docentes das
Insituições de Ensino Superior (ANDES), Josevaldo Cunha, os parlamentares
Larissa Rosado (PSB) e Souza Neto (PHS) além de representantes da equipe
administrativa da UERN. Todos fizeram intervenção no sentido de tentar
encontrar junto ao governo uma proposta para que as categorias em greve possam
avaliar.
Repasse
sindical – A presidenta da ADUERN, Rivânia Moura, aproveitou a audiência
para cobrar o repasse das consignações sindicais da ADUERN, atrasados há 4
meses ( novembro, dezembro, janeiro e fevereiro). O Governo vem descontando as
porcentagens dos salários dos sindicalizados e não envia os valores para as
contas do sindicato.
O secretário
de finanças, Gustavo Nogueira, afirmou desconhecer os reais motivos para o
atraso dos repasses. Ele disse que o Governo tem tentado manter em dia este compromisso
e que buscaria maiores informações para solucionar essa questão.
Aposentados –
O secretário de administração Christiano Feitosa, explicou que para o
Governo os aposentados da UERN, bem como os inativos de todas as categorias do
funcionalismo público estadual, devem ser levados para o IPERN, que é o sistema
único de previdência do Estado. Para o secretário, a mudança não vai alterar o
direito dos aposentados, inclusive no que diz respeito ao auxílio saúde. Para a
ADUERN, a justificativa não é convincente e desrespeita uma importante
reivindicação da categoria.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogodmendesemendes.blogspot.com
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