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sexta-feira, 25 de maio de 2018

ALAGADIÇO: ZÉ BAIANO E ANTÔNIO DE CHIQUINHO, DO COITO À TRAIÇÃO.

Por Manoel Belarmino

Na manhã deste dia 23 de junho e já no fervor do Cariri Cangaço Poço Redondo, depois de passarmos por alguns lugares, eu (este que escreve), Rose, Djalma, Taty Portella e Raí, chegamos, numa passagem rápida, ao povoado Alagadiço, no Município de Frei Paulo. E o ponto de parada no Alagadiço, claro, foi no Museu do Cangaço.


O Alagadiço foi lugar de coito do terrível e temido cangaceiro de Lampião chamado Zé Baiano. Zé Baiano, natural de Chorrochó, era chefe de um subgrupo de cangaceiros de Lampião. Malvado, cruel e chegou a ferrar o rosto de mulheres com ferro quente de ferrar bois.


Lampião e seus cangaceiros, e inclusive o subgrupo de Zé Baiano, tiveram diversas vezes em Alagadiço. E se sentiam ali açoitados com segurança sob os cuidados do grande coiteiro de confiança dos cangaceiros, o senhor Antônio de Chiquinho.


Com o tempo, e já cansado de servir aos cangaceiros, e sob as perseguições cada vez mais rigorosas das volantes da Bahia e de Sergipe, o coiteiro Antônio de Chiquinho decide trair o mais cruel cangaceiro do Nordeste. 

No dia 07 de julho de 1936, Antônio de Chiquinho resolve reunir alguns amigos, entre eles Toinho, Biridin, Dedé e Pedro Nica, e arma uma emboscada, de forma traiçoeira, para matar Zé Baiano e seu bando. E o resultado da traição foi a morte dos cangaceiros Chico Peste, Acelino, Demudado e Zé Baiano.


Atualmente, no Povoado Alagadiço, existe um Museu do Cangaço, repletosde peças do tempo do Cangaço como armas brancas e de fogo e outras,e lá também pode ser visto o famoso ferro utilizado pelo cruel cangaceiro ferrador de mulheres.

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