Por Luiz Serra
Um livro
pioneiro na cultura brasileira de 1876. O Nordeste se fez literatura no âmago
da Academia. O romântico Franklin Távora rompeu com o privilégio da narrativa
brasileira advinda do Sul, e refletiu no seu “O Cabeleira” a história de um
proto-cangaceiro.
Estante Virtual
A imagem do
sertão nordestino enfim se conheceu nas páginas do romance primordial no
cenário regional, escola literária do século XIX, que foi seguida nos anos
trinta por José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz.
Franklin Távora ...Patrono
Acervo ABL
João Franklin
da Silveira Távora nasceu em Baturité, Ceará, tornou-se advogado, jornalista,
político, romancista e teatrólogo brasileiro. Em 1844 transferiu-se com os pais
para Pernambuco. De formação a Faculdade de Direito da Universidade Federal de
Pernambuco em 1863. Em 1874 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou
como funcionário da Secretaria do Império.
Faleceu em
1888 no Rio de Janeiro. Tornou-se patrono da Cadeira número 14 da Academia
Brasileira de Letras, cujo fundador foi Clóvis Bevilaqua.
Sertão
nordestina - a seca ... Nova Historia
TRECHOS DA
IMPRENSA DA ÉPOCA NA VIRADA DO SÉCULO XIX
Além de
advogado Franklin Távora tornou-se atuante político, sendo eleito Deputado
Provincial. Foi célebre a sua acerba campanha contra José de Alencar, por
discordar com seu idealismo romântico. Considerado um dos iniciadores do
Realismo e do Naturalismo no Brasil, mesmo que sejam manifestas tantas
características inerentes ao Romantismo em suas obras.
Fez uso de um
pseudonimo de Semprônio para redigir as “Cartas a Cincinato”, na qual insinuou
diminuir a imagem de José de Alencar, dando início à campanha a favor da
literatura regionalista. Nesta era sua crença residir a verdadeira
nacionalidade para ser expressada como nova reflexão por meio da literatura
brasileira.
No conjunto de
sua obra é notado o sentimento nacionalista e regionalista, contrariamente a
maioria dos demais autores românticos. Foi acadêmico do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, além de ser distinguido como patrono na Cadeira 14 da
Academia Brasileira de Letras, por escolha do próprio fundador, Clóvis
Beviláqua.
Curiosidade de
haver, ao final de sua vida, desiludido da literatura e da política, queimado
alguns textos inéditos. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro-RJ, no dia 18 de
Agosto de 1888.
Para o teatro
escreveu, ainda, “Um mistério de família” (1861) e “Três Lágrimas” (1870).
Uma de suas obras mais marcantes O Cabeleira, romance passado em Pernambuco do século XVIII.
Obras a
ressaltar:
Da fase
recifense:
Trindade maldita (contos, 1861); Os índios do Jaguaribe (romance, 1862); A casa de palha (romance, 1866); Um casamento no arrabalde (romance, 1869); Um mistério de família (drama, 1862); Três lágrimas (drama, 1870).
Fase carioca:
Cartas de Semprônio a Cincinato (crítica, 1871); O Cabeleira (romance, 1876); O matuto (crônica, 1878); Lourenço (romance, 1878); Lendas e tradições do norte (folclore, 1878); O sacrifício (romance, 1879).
Cartas de Semprônio a Cincinato (crítica, 1871); O Cabeleira (romance, 1876); O matuto (crônica, 1878); Lourenço (romance, 1878); Lendas e tradições do norte (folclore, 1878); O sacrifício (romance, 1879).
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