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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

PÉ DE PACIENTE APODRECE ENQUANTO ELE AGUARDA VAGA PARA CIRURGIA NO HRT


Edwards Marques da Silva, 58, teve septicemia e precisa amputar o membro inferior. Ele está à espera de leito de UTI desde 19 de setembro.

MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES

O ano de 2018 começou com uma tragédia para a família de Edwards Marques da Silva. O homem, de 58 anos, sofreu um acidente gravíssimo enquanto trafegava pela BR-040, vindo de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. O motorista de um carro que seguia no sentido contrário ao dele perdeu o controle, invadiu a pista e atingiu o veículo em que a vítima estava. Como resultado da batida, o Edwards teve fraturas múltiplas na tíbia, úmero, costela e fêmur. Os dentes também foram quebrados com o impacto. Hoje, 10 meses depois, ele está à espera de vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ser operado.

A família de Edwards enfrenta um drama longe de ter fim. Vivendo em hospitais desde janeiro, o homem, inicialmente, foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). “Com muito custo, conseguiu sobreviver e fizemos a transferência dele para o Distrito Federal”, conta a irmã Edilene Marques, 56, que está desesperada.

Em abril deste ano, o contador foi internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade de referência em tratamento de queimados no DF. De lá, passou para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), graças a uma determinação judicial.

MAIS SOBRE O ASSUNTO


Entre indas e vindas, o homem colecionou problemas e viu seu quadro de saúde agravar em decorrência da diabetes. A fragilidade imunológica provocada pela doença contribuiu para que ele contraísse uma septicemia – grave infecção no sistema sanguíneo.

De acordo com Edilene, a “falta de curativos e tratamento adequado” contribuiu para que a infecção se alastrasse rapidamente pelo organismo do irmão, causando uma necrose avançada de parte do seu pé direito, que precisa ser amputado.

O pé direito está ferido de tanto ele ficar deitado no HRT. Não fizeram os curativos devidos, com material próprio ao diabético, e só foi piorando. Ficou jogado no pronto-socorro por mais de semana. É um absurdo. Criou bicho no pé do meu irmão"

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