https://www.historiadealagoas.com.br/costa-rego-no-folclore-alagoano.html?fbclid=IwAR2wKsvl32XkJ3r4zOzYaE00VMX5xbwbnBs4zgz9NZmD94XpCkzYPGbTgVI
Costa Rego
manteve também uma luta sem tréguas contra os cangaceiros que de vez em quando
surgiam no sertão de Alagoas.
Conta Leonardo
Mota, em seu livro “Sertão Alegre“, que Lampião assim teria telegrafado a Costa
Rego: — “Eu tou costumado a travessar rio cheio quanto mais REGO…”.
Mas o fato é
que o famoso bandoleiro comeu ruim naquela época. Ficaram no folclore alguns
vestígios da perseguição de Costa Rego ao rei do cangaço. Diz uma velha peça de
Reisado:
Costa Rego
mandou um comandante
Com a tropa volante
Andar de déo em déo,
Lampião é a gota serena,
Mas com Zé Lucena
Ele acha o chapéo.
Com a tropa volante
Andar de déo em déo,
Lampião é a gota serena,
Mas com Zé Lucena
Ele acha o chapéo.
Ao som da
“Mulher Rendeira”, cantava o povo naquele tempo:
Ao seu doutô
Costa Rego
Lampião mandou dizer,
Que o tenente Zé Lucena
É duro de se roer.
Lampião mandou dizer,
Que o tenente Zé Lucena
É duro de se roer.
Costa Rego já
mandou
Volante para o sertão
Com Zé Lucena na frente
Para pegar Lampião.
Volante para o sertão
Com Zé Lucena na frente
Para pegar Lampião.
Costa Rego em
Alagoas
Não protege Lampião,
O que tem pra cangaceiro
Ou é bala ou é prisão.
Não protege Lampião,
O que tem pra cangaceiro
Ou é bala ou é prisão.
Alguns anos
depois do governo do eminente jornalista alagoano, a coisa arruinou novamente e
o povo ao ver umas tantas injustiças, exclamava melancolicamente: — “Se fosse
no tempo de Costa Rego…”
Foi ouvindo
estas coisas, que um dos nossos grandes cantadores de viola, o negro alagoano
Miguel Turquia, improvisou uma noite:
No tempo de
Costa Rego
Não havia disso não,
Não se via jogador
Com o baralho na mão,
Não se via pela rua
Tanto sujeito ladrão.
Não havia disso não,
Não se via jogador
Com o baralho na mão,
Não se via pela rua
Tanto sujeito ladrão.
A figura de
Costa Rego ficou ainda ligada ao folclore através de lendas, anedotas e
expressões populares, inspiradas quase todas em episódios do seu tempo de
governador. Reportam-se ao uso da decantada geladeira, a purgantes de óleo de
rícino, a aventuras galantes e a outras coisas mais ou menos inocentes…
Nada disso,
porém, obscurece a figura excepcional do governador revolucionário cujas
atitudes e realizações ficaram na memória do povo, que é a tradição oral, que é
o folclore da terra.
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