Por Sálvio Siqueira
O pesquisador João
De Sousa Lima, de São José do Egito, PE, residente na cidade baiana de
Paulo Afonso, a qual adotou no coração, é um dos pesquisadores sérios dentre
outros que existem no complexo estudo do tema referente ao Fenômeno Social
Cangaço.
João, quando ainda criança, vai morar na cidade baiana e
logo cedo descobre uma vontade incontrolável de saber e contar a historia das
pessoas que fizeram parte do cangaço. Teve sorte por ter ido para o reduto onde
em todas as partes a história passou e deixou suas marcas. Marcas que o
“rastejador egipciense” não perdeu os sinais.
Começa então a colher informações dali, depois outras daqui
e por aí começou a adentrar num mundo cruel, sangrento, cheio de lágrimas, dor,
vingança e mortes, no entanto cativa-nos e nos deixa apaixonados por ele. Por
ter sido um dos pioneiros a ‘caçar’ resquícios históricos, possui uma coleção
de objetos que foram usados por aqueles que fizeram parte da historiografia,
alguns dos próprios, outros dos familiares que os tinham e muitos o doaram para
seu acervo particular.
Trata-se de armas, perfume, joias e outros mais. Dentre eles existem aqueles
que nos parecem os mais importantes para a história, as fotografias. Essas tem
o poder de parar o tempo e trazê-lo para o futuro. Portanto, a nosso ver, são
relíquias que merecem respeito e cuidados.
Como em todo lugar, canto, situação sobre temática existem
os fraudadores, aproveitadores e mentirosos, nos estudos, pesquisas e
literaturas sobre a historiografia do cangaço também apareceram. Desde os
primeiros livros, cordéis e cantadores de feiras-livre têm pessoas que
aumentam, improvisam e criam suas ‘estórias’. Não procuram contar os fatos ocorridos,
mas, contarem aquilo que queriam que ocorresse. No meio destes sempre
apareceram os aproveitadores e oportunistas para darem um golpe na história e
naqueles que a tratam com respeito.
Nos últimos tempos, devido à nova geração de pesquisadores,
escritores e autores e a maneira de se fazer pesquisas, tem-se combatido, na
medida do possível, esse tipo de criminosos. Crime sim, pois estão distorcendo
fatos ocorridos em gerações de uma população sofrida, sujeita e que sempre
ficou sem a assistência social devida pelas autoridades competentes.
Ainda aparecem aqueles que querem aparecer mais do que os
outros. Pois bem, segundo o historiador João de Sousa Lima o cidadão Robério
Santos, para ganhar uma oportunidade de se aproximar do pesquisador Frederico
Pernambucano de Melo, não vemos outra razão, pega uma fotografia do acervo do
pesquisador João de Sousa Lima e a “dou-a”, como sendo dele.
O sociólogo/pesquisador Pernambucano de Melo edita o livro e no livro a
fotografia. Faz referência sobre a foto pertencer, ou ter sido uma gentileza do
Robério Santos, não podia ser diferente já que o sergipano usando de má fé,
disse pertencer a ele. O dono do registro histórico, João de Sousa Lima, falo
dono por ter sido dado a ele pelos senhores Toinho de Juvininho( grafia do
livro) e Marcus Vinícius, só veio descobrir a manobra quando a viu no livro.
Imediatamente entra em contato com o autor do livro, Frederico Pernambucano de
Mello, e conta que aquela fotografia faz parte do seu acervo particular.
Segundo o próprio João, Pernambucano compromete-se a fazer a devida correção,
citando a quem de direito o registro histórico pertence, numa futura edição.
Trata-se de um registro histórico muito importante por o
mesmo referir sobre a época das entregas. Nela estão as personagens religiosas:
Frei Francesco da Urbania, Frei Agostinho e o Monsenhor Magalhães; o cangaceiro
Balão e mais uma outra pessoa não identificada no livro “Lampião – O cangaceiro
– Sua ligação com os Coronéis Baianos, Raso da Catarina e outras história” , 1ª
edição. Editora Fonte Viva, pg 172, 2015. Isso ocorre, a fase das 'entregas',
após a morte do cangaceiro mor, Lampião, pois o restante fica feito baratas
tontas sem saberem o que fazer: não sabem aonde buscar munição, armas, alimento
ou vestimenta para seus 'cabras'. Não tendo outra saída, e a vida de cada um
estando em jogo, começam a se entregar as autoridades de Alagoas e Bahia.
O registro torna-se marcante por trazer religiosos que serviram de
intermediários entre os bandoleiros e a Força Pública, os quais confirmam,
apalavram a garantia da vida de cada um.
Fora essa coisa ridícula, Robério tem a mania de criar personagens e lugares em
registros fotográficos. A última foi ele dizer que uma foto tinha sido tirada
na sua cidade, em ocasião da visita de uma ex cangaceira, Sila, quando na
verdade ela foi um registro na cidade de Lagarto, SE... é de lascar uma coisa
dessas.
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