Osvaldo Abreu (Abreu)
Alto da Compadecida-SE, 25 de abril de 2020
A religiosidade cangaceira
Quem pode negar?
Cristo traído depois da ceia,
A decepção sempre vai na vida estar.
Cautela! Com o canto da Sereia,
O barco pode naufragar.
A traição é coisa feia.
Pedro, Pedro, Pedro Malaquias.
Pedro, Pedro da Traição,
Antes do romper do dia,
Pedro, uma decepação,
A Cristo Pedro negaria.
Quem nunca sofreu uma traição?
Mais um Pedro a Lampião traía
Não só o Pedro pode trair,
Assim seria discriminação,
A traição sempre vai existir,
Pedro de Cândido traiu Lampião.
Traidor ê um ator a fingir
No palco da ilusão.
Pode o encontrar acolá e aqui.
A bela Lídia traiu Zé Baiano,
A morte foi seu triste fim,
A paixão traz desengano,
Mas o amor não é coisa ruim.
Uma rosa beijada pelo colibri,
Encanto de um jardim.
Pobre Lídia! Traiu com Bem-Te-Vi.
A morte da bela cangaceira
Virou lei no cangaço.
Bem-te-vi fugiu em carreira,
Também ia morrer no espaço.
De fingimento a vida é cheia.
Eu te amo pode ser sinônimo de outro abraço.
Lua minguante não é cheia.
Dalila traiu Sansão,
A Bíblia conta a história,
Segredo a gente leva ao caixão,
Com Deus a gente fala, reza e ora.
Para humanidade é perigo a falação.
Presente pode ser um cavalo de Tróia.
Desconfia e prepara-te para decepção.
Lampião receava à traição,
O nosso receio pode ser o triste destino.
Judas, Judas, amigo não é não.
Aprendi desde menino
Que amigo do homem é o cão,
Vê, analise o sujeito que se encontra rindo.
Pode ser mais um Pedro que traiu Lampião.
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