No dia 25 de
abril de 1915, na cidade de Belém do São Francisco, Estado de Pernambuco,
nascia uma menina batizada por seus pais, Sérgia Ribeiro da Silva, que entraria
para a história como a célebre cangaceira Dadá, que ao lado do seu marido,
Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, fizeram parte do movimento denominado
cangaço, que se fez presente em sete estados nordestinos, praticando assaltos,
assassinatos e outras tantas violências. Em 25 de maio de 1940, o famoso casal
de bandoleiros foi cercado na Fazenda Pacheco, na cidade de Barra do Mendes,
Bahia, quando disfarçados de romeiros tentavam fugir rumo a Bom Jesus da Lapa,
uma vez que o cangaceirismo agonizava desde de 28 de julho de 1938, morreu o
capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, sua companheira Maria Bonita e
mais bandoleiros que se encontravam na Grota do Angico, em Porto da Folha,
Sergipe. Corisco morreu. Dadá ficou gravemente ferida, no entanto sobreviveu.
Escolheu para sua moradia pós-cangaço a cidade de Salvador, capital da Bahia,
onde viveu até o ano de 1994, quando faleceu. Tornou-se dona de casa exemplar,
sustentou-se como costureira, reuniu em torno de si filhas, netos, netas,
bisnetos e bisnetas. Contribuiu com inúmeros testemunhos para assegurar a
preservação e divulgação do fenômeno histórico que participou, como uma das
mais importantes protagonistas, ao lado de tantas outras companheiras e
companheiros. Era mãe zelosa e avó e bisavó carinhosa, doce, alegre. Seguiu até
o fim da vida, honesta e dignamente com o suor do seu trabalho, jamais
renegando seu passado ou seus antigos companheiros. Faleceu vítima de câncer e
diabetes.
Salve Dadá!
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