Parte do todo escrito pelo o historiógrafo, pesquisador do cangaço e aviação mundial Rostand Medeiros
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(...)
O pai de Maria
Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro
marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o
“Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união
passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão
escorraçado e sem sossego”.
Zé Felipe
comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da
Silva, o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua
filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para
um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado”
e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu
convencer a filha.
(...)
O jornalista
Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma
caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi
ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com
pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a
cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao
bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o
bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio
filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a
frente e este desistiu de sua ação. Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao
jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a
quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça.
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