Do Acervo do Beto Rueda
No Brasil, existem cânions em diversos locais do território, formando feições de beleza singular. Uma área rica nesse sentido, diz respeito ao leito do Rio São Francisco situado na divisa dos estados da Bahia, Alagoas e Sergipe. Nessa região existem três grandes cânions, que expressam situações geológicas diferenciadas. Trata-se dos chamados “Cânion do Rio São Francisco”, “Cânion do Xingó” e “Cânion do Talhado”. Para entender os mistérios e segredos dessas feições, faz-se necessário falar como se forma os cânions. Os cânions são formas de relevo que apresentam vales profundos, representando paisagens impactantes.
Eles resultam da ação da água sobre as rochas da superfície da Terra ao longo do tempo geológico, a qual vai lentamente desgastando o material rochoso e cavando os vales. Ao mesmo tempo em que a água, na forma de rios, vai erodindo as rochas, frequentemente ocorre, simultaneamente, um soerguimento da crosta terrestre, que está sempre em movimento. O soerguimento resulta em maior incisão fluvial, de forma a aprofundar o vale. Esse trabalho de erosão fluvial (ação externa) e atividade tectônica (soerguimento das rochas, ação interna) leva em geral alguns milhares de anos, por vezes milhões de anos, e resulta na formação de dois paredões verticais delimitando o leito dos rios, eis a origem dos cânions.
A atividade turística na área é intensa, e vem de longa data, quando os principais atrativos eram a Cachoeira de Paulo Afonso e a cidade de Piranhas, em Alagoas, que registra parte da história do cangaço. A barragem da Usina Hidroelétrica de Xingó, inaugurada em 1994, viabilizou a navegabilidade, fato que impulsionou o turismo de forma exponencial, sendo os principais atrativos os passeios de barco e os agradáveis banhos nas águas verdejantes do lago artificial. As cidades da área dos cânions contam hoje com uma boa infraestrutura hoteleira, sendo ainda um atrativo à parte a visita à vinícola Miolo, que instalou uma filial na região.
Fonte: econordeste
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