Memória do Cangaço - 1964 - 29' - PB - 35mm *este filme, junto com os curtas "Subterrânoes do futebol", "Nossa escola de samba" e "Viramundo" integra o longa-metragem "Brasil Verdade"
- T E L E C I N E
Tamanho original do arquivo : 10.71 GB Bit Rate: 52.38 Mbps imagem:Apple ProRes 422 HQ, 720 × 486, 23.976 fps, 50.08 Mbps som: 24-bit Integer stereo, 48 kHz, 2.30 Mbps.
- E Q U I P E
Pesquisa, estrutura e direção: Paulo Gil Soares assistência de direção: Terezinha Muniz montagem: João Ramiro Melo sincronização: Affonso Beato, Paulo Gil Soares fotografia de cena: Dolly Pussi apresentação: Lygia Pape produtor executivo: Edgardo Pallero fotografia e câmera: Affonso Beato produção: Thomaz Farkas - Divisão Cultural do Itamaraty - Departamento de Cinema do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional música tocada e cantada pelos violeitos João Santana Sobrinho e José Canário; dobrado "Dois Irmãos" de Armindo de Oliveira, executado pela banda da Polícia Militar do Estado da Bahia.
- S I N O P S E
Êste documentário mostra as origens do Cangaço, movimento armado de bandoleiros que infestavam o Nordeste entre 1935 e 1939. Entrevista alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Traz a palavra do Prof. Estácio de Lima - Catedrática de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia, onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros. O professor apresenta depoimento em que afirma que os cangaceiros existiram devido a "uma predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatôres morfológicos" tipicamente caracterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações vemos uma entrevista com um vaqueiro, ficando claro que o sertanejo de hoje como já foram seus antepassados, é abandonado à própria sorte. Levado pela exploração, o seu caminho levava à rebeldia. É apresentado o Cel. José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 30 cangaceiros; à medida que ele narra sua história, são mostradas sequências autênticas de filmes realizados em 1936, por um mascate árabe que conseguiu se introduzir entre o famoso bando de "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o Cel. Rufino apresenta também três cangaceiros que contam suas histórias e apresenta ainda três perseguidores, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fosses tiradas fotografias". Termina o documentário com o Cel. Rufino narrando suas memórias e confessando que finda a campanha êle pôde comprar "algumas fazendas para criação de gado". Paulo Gil Soares.
- I N F O
Memória do cangaço começou, lembrava Paulo Gil Soares, num encontro informal com Thomaz Farkas em 1964 num bar de Copacabana "numa avenida Atlântica do Rio ainda sem as reformas que levaram o mar para longe e alargaram a calçada" e apertada pelo clima da ditadura. "Uma semana depois ele aprovava o roteiro do meu primeiro filme pessoal e que terminou iniciando minha vida de cineasta e de carioca, abriu para mim os caminhos das profissionalização e terminou ganhando a única Gaivota de Ouro do Festival Internacional do Filme 1965". Paulo Gil lembra ainda que em 1969 Farkas voltou a produzir documentários culturais "e lá fomos nós para o Nordeste realizar um ciclo fantástico de filmes que retratava a cultura da região". Daí saíram Frei Damião, Jaramataia, O homem de couro, Erva Bruxa, A mão do Homem, Vaquejada, "um esforço de produção que nunca mais se repetiu e acredito ser difícil voltar a acontecer".
- F E S T I V A I S & P R Ê M I O S
"Gaivota de Ouro" - Festival Internacional do Filme Rio de Janeiro 1965 * "Governador do Estado": Menção Honrosa São Paulo 1965 * "Dziga Vertov" União Mundial de Cinemateca Brasília 1965 * "Primeiro Prêmio"" Festival de Popoli VII Rassegna Internazionale Del Film Etnográfico e Sociológico Florença, Itália 7 a 13 de fevereiro de 1966 * "Prêmio da Crítica Internacional" XI Jornada Internacional do FIlme de Curta-Metragem Tours França 1966
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