Por Cristian Lucas Empreendimento
Anésia Adelaide Cauaçu foi uma cangaceira que viveu no município de Jequié e redondesas, no início do século vinte.
Em sua juventude foi uma simples mulher casada dedicada ao marido e à filha. Depois, abandonou o lar, juntou-se aos seus tios e irmãos. integrando o famigerado bando dos Cauaçus.
Consta que os Cauaçus antes de serem cangaceiros eram fazendeiros, donos de muitas cabeças de gado em Jequié, Brejo Grande, Conquista, Maracás, Amargosa e Boa Nova. Eram valentes, corajosos. Dizem os mais antigos que eles “foram empurrados para o cangaço depois que um de seus membros foi assassinado a mando de Zezinho dos Laços, personagem que aterrorizou a região por várias décadas”. Zezinho acabou morto pelos Cauaçus.
Alta, esguia, valente, extremamente bonita, carismática, Anésia possuía uma pontaria infalível. Era exímia copoeirista e possuidora grande habilidade para a tática de guerrilha. Transformou-se, em pouco tempo, no membro mais famoso do grupo.
Certa feita acertou com um tiro disparado a mais de 300 metros de distância, o dedo de um delegado durante um enfrentamento com a polícia no centro da cidade de Jequié.
Nas lutas em que se envolveu viu morrerem seus pais e irmãos, além de outros membros de sua famíla. Presenciou sua mãe ser presa e torturada, mas nunca se deixou abater ou se acorvadar.
Anésia foi presa em 1916, e solta logo em seguida. Valendo-se da proteção de um fazendeiro amigo, abandonou o cangaço e voltou a viver com a sua família.
Dizem que traída pelo protetor, foi entregue à polícia, encerrando assim sua vida de embates e aventuras.
De concreto sabe-se apenas que os Cauaçus apoiaram o movimento revolucionário de 1930, pelo que foram anistiados pelo Governo.
É possível que tenha falecido em Jequié, em 1987, aos 93 anos de idade.
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