Clerisvaldo B. Chagas, 1 de março de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.665
Ao entardecer, galináceos deixando o abrigo e se espalhando pelos arredores, ciscando e catando bichinhos. Para eles, na hora aprazada, o galo pintado comandou a volta ao galinheiro, sem ninguém mandar. Ali estariam ao abrigo contra cassacos e raposas dos arredores. Vacas e Bezerros também se recolhiam no galpão de alvenaria. Mais perto de nós, formigas, abelhas, maribondos, inúmeras aves logo identificadas ou não: bem-te-vis, azulões, corujas... Para fazerem parte de um céu que se ornamentava no horizonte onde as primeiras luzes se acendiam nas habitações dos sítios rurais, lá longe, lá embaixo... Que maravilha de se vê! De um lado os sítios e fazendas, do outro, as milhares de lâmpadas acesas no centro da cidade. E a ingênua pergunta repetida: Será que estamos em Santana, mesmo?
Deixamos nos encantar com o arrebol do lado dos sítios e fazendas. Cadê vontade para descermos até a realidade pela AL-220? Devaneio interrompido, descemos a colina com o cruzar de aves notívagas que igual a nós, penetravam nas trevas. Nem só de beleza de praia vive o mundo! Morando lá bem no alto você ainda compra ovos frescos de galinha de capoeira, leite verdadeiro tirado na hora e ainda adquire adubo para vicejar seu jardim. De sobra arranjamos por ali o melão-de-são-Caetano que prolifera nas cercas de arame e se tornou febre na Internet com o seu poder curativo.
Dia magnífico e pessoal, mas que não resisti em dividir com os nossos leitores do blog.
Amar a Natureza é amar o Criador. Desculpe a emoção.
ALASTRADO EM LAJEIRO. AO FUNDO MÉDIO, SERROTE DO CRUZEIRO, AO FUNDO DISTANTE, SERRAS DA CAIÇARA E DO POÇO RESPECTIVAMENTE. (FOTO B. CHAGAS).
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