Por Hélio Xaxá
É
bom envelhecer.
A
gente percebe que ser jovem era só uma onda...
A
juventude passa
Mas
ser feliz continua na moda...
A
velhice tem lá os seus achaques
Mas
a gente aprende
A
olhar para trás com ternura...
A
gente não fica chato.
Simplesmente
deixa de ser idiota.
Já
não quer mais som alto
Prefere
ouvir aquela música suave...
A
velocidade tem que acompanhar
A
serenidade dos nossos momentos...
Longe
de ser uma folha caindo
Somos
um velho girassol se abrindo
Para
receber os raios de um novo sol...
Nunca
falamos sozinhos
Conversamos
com as plantas...
Com
vultos do passado
Invisíveis
à olhares insensíveis...
A
vida ganha outra conotação...
A
Natureza se veste doutra aquarela...
Os
arco-íris sempre saem das nuvens
E
mergulham num oceano plácido...
A
gente na velhice
Fica
tão carente quanto na adolescência...
Exige
cuidados e atenções
Que
só a benevolência do amor pode dar...
Carinho,
paciência, zelo...
A
velhice é o tempo da volta.
Sua
chance de devolver
Todo
o esmero que foi dedicado
Ao
seu
desenvolvimento
Físico,
mental e espiritual...
E
creia-me, filho:
Você
nunca fará o bastante.
Sempre
terá a impressão
De
ter recebido em dobro cada gesto
Toda
renuncia na vida
Cada
noite de sono perdida
E
toda lágrima de tristeza
Ou
alegria por você derramada...
Aprenderá
inclusive que
A
coisa mais perfeita do mundo é a lágrima
Pois
vai do coração aos olhos
Desde
a mais tenra idade...
Eu
enxuguei as suas
Você
enxugará as minhas
E
as de seus filhos
E
sempre vai dar um jeito
De,
sem que ele perceba,
Trocá-las
por meigos sorrisos...
Porém,
isso tudo só se dará
Na
sua doce e inalcançável velhice.
Hélio Xaxá
https://www.facebook.com/helio.xaxa
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