Por José Mendes Pereira
Em uma das muitas viagens que fizemos às terras encharcadas do Pantanal, localizadas na América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, onde guardam a mais linda fauna e flora do planeta, fomos atacados por gigantes jacarés, que sem menos esperarmos, nós ficamos encurralados por mais de 10 devoradores de carne humana.
A equipe de visitantes ao Pantanal era formada pelos professores: Genivaldo Galdino foto 1, Laete Vidal foto 2, César Câmara foto 3. Juciene Veríssimo foto 4, Terezinha de Jesus e eu, um simples professor de português.
Foi um dos acontecimentos mais tristes que passamos em toda nossa vida; quando caminhávamos pelos verdejantes e alagados solos Mato-grossenses, fomos surpreendidos por uma porção de jacarés, talvez faminto, uns já velhos e desnutridos, faltando-lhes alguns devoradores dentes; outros ainda muito jovens, e dois ou três estavam se preparando para a juventude.
As chances de sairmos de lá vivos eram restritas, talvez um ou dois por cento, se bem que tivéssemos oportunidades de sobrevivermos.
Nenhum de nós estava livre dos ataques daquelas fortes mandíbulas. Os jacarés nos vigiavam como se fôssemos o último almoço de todos os tempos. Cada passo que nós dávamos para frente ou para traz, os jacarés, um a um, nos acompanhava.
O primeiro a estrear nos amolados e pontiagudos dentes de um jacaré foi o Genivaldo Galdino; com uma só fechada de mandíbulas, o velho jacaré o partiu ao meio, e nem precisou sair do lugar para capturá-lo. Nós que assistíamos de perto tamanha malvadeza, já esperávamos a nossa vez.
Em seguida, foi a vez do Laete Vidal, que tentou correr por cima de alguns jacarés enfileirados, mas foi pego por um esfomeado, arremessando-o ao longe, já caindo pronto para os jacarés o saborearem.
Aos poucos os esfomeados foram fechando o cerco, e um jacaré dos mais jovens resolveu abocanhar um dos braços do César Câmara, e ao cair, quase foi devorado por um que provocou uma confusão danada com outro que queria devorá-lo.
Como todos nós ali estávamos condenados a passarmos pelas mandíbulas de tantos jacarés, finalmente chegou a minha terrível vez. Quando um jacaré partiu para me devorar, eu desesperado gritei: “- Valha-me meu Deus e Jesus Cristo!” E com esse grito assustador, acordei. Eu estava sonhando.
Que felicidade! Os jacarés existiram apenas no meu sonho.
Minhas simples histórias.
Se não gostou, não diga a ninguém, deixa-me pegar um outro.
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