Por Rogério Arlanch Filho
A história do cangaço sempre foi um assunto que me fascinou, não por me aprazer imagens de violência e morte, mas pelo conjunto de razões que levaram ao surgimento do cangaço, e todo aquele misto de heroísmo e covardia que o movimento deixou como parte da "cultura" nordestina.
Curiosamente, a primeira sessão de cinema que assisti, aos 6 anos de idade, foi
justamente o filme de Lima Barreta: O Cangaceiro.
Por isso tudo, após ter assistido todos os filmes referentes ao tema, consultar
muitas fontes, e ver muitos vídeos disponíveis no youtube, as narrativas que vi
sobre a morte de Lídia, executada por Zé Baiano, tudo o que consegui saber
sobre o destino de Bem-te-vi (se é que mesmo essa versão merece crédito), é que
o cangaceiro, pivô da morte da dita, mais bela das cangaceiras, após Zé Baiano
ouvir o relato de Coqueiro, fugiu do acampamento, certamente temeroso da
vingança do companheiro de Lídia.
Nunca mais se soube a respeito dos passos daquele cangaceiro após aquele
acontecimento? Sendo ele de origem da mesma cidade, onde nascera Lídia (se é
que foram amigos de infância, como dizem algumas fontes), nenhum de seus
possíveis parentes deu qualquer informação sobre seus passos, fosse logo após o
acontecimento, ou muitos anos depois, quando através de relatos, muita coisa se
descobriu sobre os cangaceiros remanescente ao massacre de Angico?
Confesso que esse enigma me inquieta, pois certamente, Bem-te-vi teria muito a
relatar sobre a morte, e as circunstâncias de Lídia.
Parabéns pelo trabalho que faz.
Obrigado por qualquer informação
Rogério Arlanch Filho - Brotas - SP
Enviado por e-mail
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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