Por: Rangel Alves da Costa*
A casa do vento
Sempre foi uma casa
casa de jardim e pomar
de visitante e carteiro
de chegadas e partidas
de silêncios e vozes
de portas e janelas
tudo num abrir e fechar
e ela continua casa
mas apenas casa do vento
na manhã ou entardecer
passava olhando a janela
jogava a flor e o poema
ficava esperando o olhar
talvez um sorriso no lábio
preservando a esperança
da correspondência no amor
até cantei uma bela canção
de menino apaixonado
que não sabia que a letra
falava num certo adeus
um dia a janela fechou
para nunca mais se abrir
o jardim envelheceu
minha esperança morreu
escrevo um poema bonito
e jogo naquela direção
sem ter quem receba e leia
meu verso sem rima
de estrofe de tanta tristeza
falando em tormento
ao passar pela casa do vento.
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
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