Por: Lusa Piancó Vilar
Excelente postagem, amigo! Fez-me recordar inúmeras histórias contadas pela
minha avó, que era da família Nóbrega e nasceu em Santa Luzia do Sabugi.
Certa
vez contou-me uma longa história de quando o meu bisavô, o pai dela, recebeu
esse "hóspede" na casa de sua fazenda. Ao chegar com seu bando,
Antônio Silvino pediu que lhe preparassem um almoço. E foi feito, porque o cabra não pedia, mandava, rssss.
Sentou-se à mesa com a cabroeira e um dos seus
cangaceiros reclamou estar a comida insossa. Terminado o almoço, o Antônio
Silvino perguntou a minha bisavó se ela ainda tinha sal em casa, ela respondeu
que sim.
- Traga-me um prato fundo e uma colher, disse o chefe do bando.
Levou
o cangaceiro, que havia achado a comida insossa, até o terreiro e disse:
- Cabra mal agradecido, o que você fez foi uma desfeita a dona da casa, peça
perdão a ela.
Depois o obrigou comer todo o sal do prato. Acabo de algumas
horas, ele, agonizante, sangrando pela boca, pelo nariz e pelos olhos, caiu
morto.
Facebook - na página de Lusa Piancó Vilar.
Ela é prima do escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Meu amigo José Mendes, você sempre a me surpreender com sua gentileza. Obrigada por dar atenção às minhas história, ao regates oriundos da oralidade dos meus antepassados.Desde criança ouvia com muita atenção os contos da minha avó Conceição, às vezes penso que nunca fui criança, já nasci velha! Normalmente as crianças e adolescentes se esquivam de ouvir histórias do passado, eu fui um pouco diferente; era toda ouvidos quando meus velhos queridos me contavam suas experiências. Grande abraço, e mais uma vez muito obrigada.
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