Por: Geraldo Maia do Nascimento
Américo
Vespúcio Simonetti nasceu em Assu/RN em 21 de dezembro de 1929, sendo filho do
casal Alfredo Simonetti e Maria Augusta de Sá Leitão Simonetti. Foi o quarto filho
de um total de sete irmãos: Maria Amália Simonetti (Ir. Angelina), José
Nazareno Simonetti, Maria Anita Simonetti, Joaquim Alfredo Simonetti (Padre
Alfredo), João Batista Simonetti, Maria da Salete Simonetti Gomes e um filho
adotivo: João Batista. O pai morreu quando Américo tinha apenas 10 anos.
“Eu
sou de uma família católica, cresci com o hábito de ir à igreja. Recebi
influências tanto da minha mãe como do meu pai. Não houve exigência por parte
deles, eu sozinho quis seguir o sacerdócio. Aos poucos, ainda em Assú, fui
despertando essa vontade, esse desejo. Foi ai que resolvi ingressar no
seminário. A formação católica que recebi tem muito sentido para mim”, declarou
Monsenhor Américo numa entrevista que concedeu ao jornal “Gazeta do Oeste” em
novembro de 2002.
Iniciou
seus estudos em Assú. Com dez anos e dois meses de idade, encontrava-se no
Seminário de Santa Terezinha de Mossoró, entre os novatos de 1940. Os estudos
superiores foram feitos em São Leopoldo/RS, de 1950 a 1952, Filosofia e
Teologia entre 1953 a 1956, também em São Leopoldo. Em 1969 fez especialização
em Didática do Ensino Superior na Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como forma de aperfeiçoar em sua formação. As ordens sacras foram dadas nas
seguintes datas: subdiaconato em 01 de janeiro de 1956 em São Joaquim/SC, por
Dom Daniel Hostin. Presbiterato a 02 de dezembro de 1956, em Assú, por Dom
Eliseu Mendes. Sua primeira missa foi realizada na Matriz de São João Batista,
em Assú, no dia 08 de dezembro de 1956.
Foi nomeado vigário cooperador do
Monsenhor Júlio Alves Bezerra, na mesma paróquia. Em 1962 foi chamado pelo
então bispo de Mossoró Dom Gentil Diniz Barreto, sendo nomeado vigário da
paróquia do Coração de Jesus, onde permaneceu de 1962 a 1964. Assumiu a
coordenação da Ação Pastoral na Diocese a partir de 1962, a superintendência da
Rádio Rural de Mossoró a partir de 1963 e foi indicado como vigário geral da
Diocese a partir de 1969.
Foi
professor de psicologia do Curso Normal Regional em Assú, de 1960 a 1961.
Professor de Economia Política da Escola Técnica de Comércio, na Escola Nossa
Senhora das Vitórias, em Assú, em 1961. Professor de Latim, no Ginásio Pedro
Amorim, também em Assú, em 1961. Professor de Literatura Latina, no Instituto
de Letras e Artes da Universidade Regional do Rio Grande do Norte, hoje
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
Foi
Reitor durante vários anos do Santuário Coração de Jesus, Diretor do Lar
Sacerdotal, Diretor do Departamento Diocesano de Ação Social e da Cáritas
Diocesana, Diretor do Curso Superior de Iniciação Teológica, Diretor do Centro
Pastoral de Ciências Religiosas e Animador da Ação Católica no setor da
Juventude Agrária Católica – JAC, quando ainda se encontrava em sua cidade
Assú.
Uma
de suas mais importantes obras foi a criação da Rádio Rural de Mossoró, com o
apoio do bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto, em 1963. Para isso
mobilizou, durante muito tempo, a cidade e a região de Mossoró, com promoções
como: A Feira da Providência, o Festival dos Municípios e o Concurso A Mais
Bela Voz.
Padre
Américo Simonetti recebeu o título honorífico de “Monsenhor” do bispo diocesano
Dom Gentil Diniz Barreto e, no ano de 1980 foi nomeado pároco da Catedral de
Santa Luzia, substituindo o Monsenhor Huberto Bruening .
Como
pároco, resgatou os festejos da padroeira Santa Luzia e ajudou a transformá-la
num dos eventos religiosos mais importantes do Estado do Rio Grande do Norte.
Criou um tema para cada ano da festa e foi o incentivador principal da peça do
Oratório de Santa Luzia. Sempre promoveu o bem e ajudou a todos que lhe
procuravam. Era uma pessoa generosa e responsável por inúmeros trabalhos
realizados na Diocese de Mossoró. Foi dele, por exemplo, a famosa frase que
acompanha a procissão de Santa Luzia: “Mossoró com alegria, saúda Santa Luzia”.
Seu
lema era: “Não desanimar nunca, embora venham muitos ventos contrários”.
Continua na próxima semana
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Autor:
Jornalista
Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:
http://www.blogdogemaia.com
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