Por Antonio
Alves de Morais
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A página 165
do livro da escritora Aglae Lima de Oliveira: Lampião, Cangaço e Nordeste -
terceira Edição, lê-se o seguinte a respeito de Manuel Marcelino - o Bom de
Veras: Manuel Marcelino, época 26 a 30. Era um negro malvado, Alto, cantador,
considerado para o bando, cangaceiro de alto preço. Fumava cachimbo. Atirador
afamado, excessivamente perverso, a ponto de beber o sague de suas vitimas.
Tinha o proposito de nunca revelar a historia de sua vida. Foi baleado e morto
em Mulungu, Estado das Alagoas, por ocasião de cerrado tiroteio que envolveu
todo o grupo. Bom de Veras atirava e rastejava em direção da tropa, quando caiu
morto, no fim do combate.
Dois reparos
devem ser feitos na informação acima:
Segundo
ouvimos de parentes e amigos, inclusive Antonio Taveira, Bom de Veras era um
tipo alto e alourado, nunca um negro como foi dito. As circunstâncias em que
foi baleado e morto Manuel Marcelino - o Bom de Veras coincidem em parte com as
publicadas pela escritora Aglae, todavia, o local não foi Mulungu, nas Alagoas,
Bom de Veras foi morto na Fazenda de João Coelho, seu primeiro e único patrão,
na localidade de Minadouro, município de Serrita, Estado de Pernambuco.
As informações
colhidas pelo repórter de Região dão conta, ainda, de que Bom de Veras foi
alvejado e morto pelos próprios companheiros, no cerrado tiroteio da Fazenda
Minadouro, após cercada a casa de onde se encontrava e haver tentado uma fuga.
Foi aí que, involuntariamente, um dos companheiros que atiravam contra a polícia,
alvejou Bom de Veras, pelas costas. Esta, a verdade versão da morte do famoso e
temível Manuel Marcelino - O Bom de Veras.
Andanças e
lembranças.
Enviado pelo
repórter e pesquisador Antonio Morais
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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