Por Clerisvaldo B. Chagas
Preocupado com
tanto descontentamento, desde o início, 1930, Getúlio estava muito mais voltado
para sua situação política de que para os problemas regionais do cangaceirismo.
Certo promotor de Água Branca, Alagoas, envia uma carta enérgica para Vargas,
explanando o marasmo das volantes e expondo fatos que fizeram com que o ditador
se voltasse para os sertões nordestinos.
Coronel José Lucena
Ao receber ordem severa da
presidência, o governo estadual apertou o major Lucena de tal maneira que
o comandante saiu da reunião tão acabrunhado que foi direto pedir proteção e
ajuda dos santos, na Catedral de Maceió.
O governo estadual lhe dava trinta
dias para trazer a cabeça de Lampião. Major Lucena convocou o tenente João
Bezerra (acusado de cumplicidade) dando-lhe quinze dias para entregar a cabeça
do Virgulino Ferreira da Silva.
Tenente João Bezerra
O desenrolar dos fatos, a partir daí, são
narrados cientificamente pelo grande pesquisador do cangaço, Frederico
Pernambucano.
Para poucas pessoas com bastante conhecimento sobre o aperto dos
tenazes getulienses, foi esse o toque decisivo que faltava para o golpe final
na hoste lampionesca. Uma simples carta dos montes da Matinha ─ terra de
Corisco ─ pareceu irrelevante, mas foi ela quem colocou frente a frente Getúlio
VARGAS E O CANGAÇO.
Escritor Frederico Pernambucano de Melo
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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