Por Clerisvaldo B.
Chagas, 3 de janeiro de 2016 - Crônica Nº
1.494
Quem esteve na
orla de Maceió no final do ano passado, contemplou a maravilhosa decoração
natalina. Um encanto! E se a orla por si só já é belíssima, imaginem decorada
artificialmente com aquele marzão ao fundo e no cair da tarde. Vários outros
lugares da capital faz jus ao título ganho como a capital mais bonita do
Brasil. Deixando todos esses lugares, voltemo-nos para o comércio que tomou
ares de lugar civilizado com os famosos calçadões.
Rua
da Árvores, em Maceió. (Foto: Clerisvaldo).
Em alguns
pontos desse mesmo comércio falta manutenção em parte do saneamento que fede
mesmo. E nesse entrevero todo, entre o progresso e o atraso, particularizamos a
Rua Augusta, sempre conhecida como Rua das Árvores. Rua do Ipaseal Saúde, rua
de pequeno e médio comércio, rua de comércio ambulante de frutas, rua de pontos
de ônibus. Ali você encontra um verdadeiro Frutal, mercadorias vindas de
diversos lugares, tanto do estado quanto de fora. Entretanto, os pedestres
sofrem com as calçadas estufadas que a ambição pelo dinheiro não
consegue sequer um conserto. E naquele pomar ambulante sobre as sarjetas,
escorrem as águas pretas de fossas, misturando a fedentina com o cheiro
enjoativo dos pequenos restaurantes. Um descaso total com a saúde pública.
A Rua das
Árvores, dessa maneira, torna-se complemento do Calcanhar de Aquiles de Maceió:
o imundo mercado que gestor nenhum que meter a mão, como se fosse paciente em
estado terminal. Não estamos falando dos Haiti moradias da Levada, nem das
grotas inchadas de pobreza. Estamos nos referindo ao centro de Maceió que nos
lugares citados continuam no Século XIX.
Continuemos
desfrutando as partes sadias, mas não se pode calar diante das mazelas que
atentam contra o coletivo. É dever, até, o grito da população para os ouvidos
distraídos dos gestores.
Rua das
Árvores, pedaço de tradição maceioense.
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