Acervo do pesquisador José João Souza
O historiador
britânico Eric Hobsbawm traça perfil de vários “bandidos sociais” ao redor do
mundo, entre eles, Lampião.
Eric Hobsbawm - https://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm
Aponta a lenda de Robin Hood como ideal universal do bom ladrão para analisar como a ausência pode transformar criminosos em heróis. A análise rendeu críticas, sobretudo por sugerir que representava a “reação dos excluídos” contra a opressão de poderes no campo.
Sobre Lampião, considerava-o “bandido social” com a ressalva de que havia nele ambiguidade. Era “meio nobre, meio monstro".
O
norte-americano Billy Chandler é um dos críticos de Hobsbawm. Para ele Lampião
só se encaixa no conceito de “bandido social” por ter origem em ambiente
injusto, e que seria exagero falar em justiça social por parte do cangaceiro.
Na biografia de Virgolino, examina a trajetória da infância ao episódio da
morte. Coloca o personagem no contexto do Sertão, onde ser cangaceiro era ato
natural e atrativo para filho de um agricultor. Relatos atuais e da época,
arquivos e entrevistas sustentam a análise.
A historiadora
francesa Élise Grunspan-Jasmin comparou versões sobre a vida de Lampião.
Explica como a imagem do “mito” foi construída pela imprensa dos anos 1930,
que, embora criticasse a violência, ajudava a construir a lenda do herói
invencível, de corpo fechado.
Ela revela o prazer de Virgolino em posar e se ver nos jornais.
Com senso de marketing, ele manipulava jornalistas para se promover. A “lenda” seria reforçada com cordéis, bonecos de barro, filmes e músicas.
Fonte: Diário
de Pernambuco
Data: 29 de setembro de 2013
Data: 29 de setembro de 2013
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