Autor José Ribamar Alves
Um anjo de carne e osso
Eu tenho como vizinha
Talvez não dê quinze metros
Da casa dela pra minha;
Ela traja como quer
E anda como princesa
Mostrando que a natureza
Caprichou na boniteza
Do seu corpo de mulher.
1
Toda vez que ela passa
De vestidinho curtinho
Fico doido que o vento
Suba mais o vestidinho;
Mas o vento não levanta
O vestido no momento
Aí eu penso que o vento
Ou é muito ciumento
Ou pensa que ela é santa.
2
Pra beleza do seu corpo
Não há quem não queira olhar
Até quem é quase santo
Peca sem querer pecar;
Sem sutiã quando ela
Sai de blusa com decote
De cabelos no cangote
Duvido ter quem não bote
Os olhos em cima dela.
3
Eu gosto da transparência
Do seu lindo vestidinho
Porque me permite ver
Os traços do seu corpinho
E passo a noite todinha
Com falta de paciência
Afogado na sofrência
Lembrando da transparência
Do vestido da vizinha.
4
Acho que a natureza
Fez seu corpo com a mão
Porque quem olha pra ela
Não esquece a perfeição.
E toda hora que ela
De olhares sensuais
Passa pra casa dos pais
Eu fico cada vez mais
De olho no corpo dela.
5
Às vezes fico pensando
Sozinho sem ninguém ver
Ela deve ter nascido
Pra ser dona do prazer.
E quando na passarela
Passa cheia de encanto
Eu digo assim no meu canto...
Vai ser linda desse tanto
Na cama que eu durmo nela.
FIM
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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