Francisco
Heráclio do Rêgo, o coronel Chico Heráclio, (3 de
outubro de 1885 — 17
de dezembro de 1974) foi um proprietário rural brasileiro de
destacada influência política na cidade pernambucana de Limoeiro.
O Leão das Varjadas, como também
era conhecido, foi um dos ícones do coronelismo brasileiro.
Figura do coronelismo no Brasil, ficou conhecido nacionalmente quando o
humorista Chico Anysio fez um personagem em sua homenagem, o "Coronel
Limoeiro".[carece de fontes]
Ao contrário
de outros coronéis tardios, que não sobreviveram à modernização do país,
Francisco Heráclio do Rego, o Coronel Chico Heráclio, soube usar as mudanças
vividas pelo país entre as décadas de 1930 a 1960 (abertura de canais de
comunicação e transporte com a capital, decadência da importância do setor
agrário, aumento da importância do setor de serviços e desenvolvimento
industrial) para manter seu poder. Alguns de seus métodos eram coação,
adulteração de documentos, favorecimento pessoal aos eleitores.
Na sua época,
Limoeiro foi município de prestígio econômico. Chegou a ser uma das maiores
economias de Pernambuco (hoje tem o 32º PIB do Estado), tendo produzido muito
algodão – cultura que foi destruída pela praga do bicudo. Além de ter perdido
importância econômica, a infra-estrutura urbana de Limoeiro se tornou muito
carente.
A desigualdade
social é visível: bairros muito pobres convivem com um bairro muito rico, cujas
casas não perdem em nada para as grandes mansões dos bairros ricos das
metrópoles.
Sob o mando de
Chico Heráclio, Limoeiro também viveu o auge de seu prestígio político. Além de
eleger prefeitos em Limoeiro e região e de fazer a carreira política dos filhos
Francisquinho e Heráclio (deputado estadual e federal, respectivamente, por diversos
mandatos), o Coronel exerceu influência decisiva na política pernambucana e
chegou até a receber a visita de Juscelino Kubitschek (o primeiro
presidenciável a visitar Limoeiro; o segundo foi Aécio Neves).
Para garantir
a eleição dos seus candidatos “o processo é muito simples”, disse o próprio
coronel à Revista Manchete, resumindo as estratégias de coação, fraude e favor:
“Eu e mais
alguns amigos damos transporte aos eleitores. Mando um boi para cada seção
eleitoral e às vezes mando cachaça para depois das eleições. Não admito fiscal
de nenhum partido. Eleição em Limoeiro tem que ser feita por mim. Sempre fiz e
nunca me dei mal”¹.
Outra arma
política de Chico Heráclio era propaganda e difamação em formato impresso: os
famosos panfletos do Coronel. Quase sempre o conteúdo desses panfletos eram
ofensas a rivais – com muito palavrão – ou exaltação de si e dos seus
candidatos.
Como Chico
Heráclio era analfabeto, o texto era ditado. Ora os panfletos eram anônimos,
ora tinham foto de Chico Heráclio e firma reconhecida. Eram distribuídos pelo
próprio Coronel pela janela de seus carros ou entregue por correligionários.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Her%C3%A1clio_do_Rego
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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